sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Médicos sem ciência
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
No primeiro ano da pandemia no Brasil, Rio Claro se aproxima do pico da primeira onda.
No pior momento da primeira onda em 24/06, 90 leitos estavam ocupados. Ontem, 25/02 eram 87.
Eduardo Kokubun, Unesp
Desde que a pandemia desembarcou no país há um ano, lá se foram mais de um quarto de milhões de brasileiros que perderam a vida devido à Covid-19. Nem deu tempo para um refresco entre a primeira e a segunda onda como ocorreu em outros países da Ásia e Europa. Por lá, foram comuns meses de medidas duras de lockdown, palavra cujo significado começamos a aprender com o agravamento da pandemia em cidades vizinhas.
Por aqui, no Brasil, as ondas foram e continuam sendo altas. Ao contrário de nossos conterrâneos do hemisfério norte excluindo os EUA, a maré nunca recuou. No lugar de um sobre desce bem nítido, tivemos aqui um platô com a segunda onda engolindo a primeira. Um mar brabo, digno de bandeira vermelha na praia.
Nem em seu pior pesadelo, Willian Styron deve ter imaginado que pudesse existir escolha pior do que a de Sofia. O país escolheu nem salvar vidas, nem salvar a economia. Nega-se tudo, enrola, empurra-se com a barriga esperando um milagre que insiste em não chegar.
Verdade seja dita: nem tudo foi tão ruim. Mesmo com gente remando o barco em direções opostas, algum isolamento foi feito. Parte da população adotou medidas de proteção, parte da economia se ajustou ao isolamento. Cientistas, médicos foram ouvidos. A tradição do país para produzir e distribuir vacinas, ainda que cambaleante funcionou. Botaram água no feijão, para distribuir 5 vezes mais doses de vacina do que estava programado. Quase faltou água.
Rio Claro, sofre com a nação. Já passam de 8500 casos e duas centenas de óbitos. Tivemos sim um refresco entre a primeira e a segunda onda, mas não foi o bastante para varrer o vírus da cidade. O Sars-Cov2, ainda sem a mutação brasileira, levou mais de 1.100 pessoas para o hospital, cada um lá ficando por 9 dias: 9.900 dias.pessoas. Outros 250 foram para a UTI por 15 dias, sedado com aparelho empurrando ar e oxigênio para os pulmões: 15 x 250=3.750 dias.pessoa. Duzentas e cinco pessoas, perderam a batalha para o vírus.
Falta ainda muita gente em nossa cidade para ser imunizada. Precisamos de pelo menos 120 mil, vacinados ou pelo menos com anticorpo natural. Com 10 mil pessoas que tomaram a primeira dose e outros 8,5 mil que ficaram doentes, são 18,5 mil. Faltam ainda mais de 100 mil.
Enquanto isso, precisamos derrubar o contágio. Quanto mais o vírus pula de uma pessoa para outra, mais mutações ele sofrerá. É como a brincadeira do telefone sem fio: quanto mais transmito a mensagem, mais diferente ela fica. Se o vírus mudar muito, o anticorpo para nos defender não funcionará.
Ontem, 25/02, Rio Claro confirmou 68 novos casos e pelo menos 422 pessoas, os casos ativos que estão com o vírus, e podem transmitir. Cada uma transmite para outras 1,47 pessoas, podendo infectar novos 620 casos. Oitenta e quatro pessoas estavam internadas ontem. Os números são parecidos com os encontrados duas semanas antes de Rio Claro atingir o pico da primeira onda.
A velocidade de transmissão precisa ser interrompida e baixar muito. Na calmaria entre a primeira e a segunda onda, eram confirmados 10 novos casos por dia. Precisamos fazer a lição de casa. Urgente.
Fake News: Desinformação e Covid-19 - A doença que fragiliza o sistema de saúde
Márcia Correa Bueno DegasperiUnesp
Fake News: Desinformação e Covid-19 - A doença que fragiliza o sistema de saúde
A mesa-redonda virtual “Fake news (Desinformação) e COVID-19: a doença que fragiliza o sistema de saúde e o enfrentamento da pandemia” é mais uma da série de lives organizadas pelos Comitês Científico e Central Unesp Covid-19 com o intuito de debater com a sociedade temas de grande relevância relacionados à pandemia da COVID-19. Para esse evento contaremos com os palestrantes e temas: O que são fake news, Dr. Francisco Belda (UNESP); O papel da imprensa tradicional no enfrentamento da desinformação, Dr. Carlos Orsi (Instituto Questão de Ciência); Casos de fake news e suas consequências para saúde pública em temos de pandemia, Dr. Esper Kallas (USP).
Agende o evento pelo link aqui.
Youtube do canal Unesp Oficial - 04/03/2021 - 14h
III Feira do Livro da Unesp em formato virtual
Márcia Correa Bueno DegasperiUnesp
III Feira do Livro da Unesp será realizada em formato virtual
UNESP Rio Claro na mídia [26/02/2021]
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
UNESP Rio Claro na mídia [26/02/2021]
Pesquisador explica o impacto no número de casos da doença em Rio Claro com os idosos imunizados
O município pode ter uma redução de 30% no número de mortes por covid-19 somente com os idosos acima de 80 anos vacinados.
#rioclaro#unesprioclaro#unesprc
#unesp#eduardokokubun#covid-19#vacinação#idosos
Pesquisa de Rio Claro diz que vacinação de idosos pode reduzir 75% das mortes por Covid
https://globoplay.globo.com/v/9289940/?s=0s
#rioclaro#unesprioclaro#unesprc
#unesp#eduardokokubun#covid-19#vacinação#idosos#internação#óbitos#vírus#variantes
Bromélias protegem girinos durante parte de seu desenvolvimento
Novo modo reprodutivo de perereca foi descoberto por pesquisadores da Unesp, no câmpus de Rio Claro
https://espacoecologiconoar.com.br/bromelias-protegem-girinos-durante-parte-de-seu-desenvolvimento/
#rioclaro#unesprioclaro#unesprc
#unesp#perereca#zoologia#mataatlantica#bromélias#anfíbios#PLOSOne#LeoMalagoliBromélias protegem girinos durante parte de seu desenvolvimento
Novo modo reprodutivo de perereca foi descoberto por pesquisadores da Unesp, no câmpus de Rio Claro
#rioclaro#unesprioclaro#unesprc
#unesp#perereca#zoologia#mataatlantica#bromélias#anfíbios#PLOSOne#LeoMalagoli
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
UNESP Rio Claro na mídia [05/02/2021]
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
UNESP Rio Claro na mídia [05/02/2021]
Portal da Prefeitura de Piracicaba não atende ou atende de forma parcial 52% de critérios de transparência, diz observatório
Entre outras sugestões, relatório propõe a divulgação, de forma integral e em tempo real, de despesas e informações detalhadas sobre contratos e licitações.
#rioclaro#unesprioclaro
#unesprc
#unesp#transparencia#piracicaba#prefeitura
Incêndio na beira do rio
Refúgio de plantas e animais, florestas junto aos rios se tornam suscetíveis ao fogo e são ameaçadas pela agricultura
#rioclaro#unesprioclaro
#unesprc
#unesp#chapadadosveadeiros#goiás#coberturavegetal#journalofappliedecology#bernardoflores#agricultura#fogo#celiofernandobaptistahaddad
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
Concerto especial da Brasil Jazz Sinfônica em comemoração aos 120 anos do Instituto Butantan
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Hoje, 23/02/2021 às 20h, concerto especial de aniversário do Instituto Butatan.
O concerto terá regência dos maestros Ruriá Duprat e Mauricio Galindo, e participação do cantor Renato Braz. Durante uma hora, a orquestra Brazil Jazz Sinfônica tocará um repertório em homenagem ao instituto centenário. Na primeira parte do show, a Jazz executará músicas instrumentais sob a batuta de Galindo. Na segunda parte, Ruriá Duprat conduzirá a orquestra numa seleção musical com foco em superação, cura e esperança. O cantor Renato Braz também se apresentará com o grupo.
A apresentação poderá ser assistida pelos canais do Youtube: Instituto Butatan, TV Cultura e Memorial da América Latina.
Link do canal do Instituto Butantan aqui.
Ser saudável não é vacina contra a Covid-19.
33% dos rioclarences internados por Covid-19, não tinham nenhuma comorbidadeEntre os mais jovens, com menos de 20 anos, a proporção sem fator de risco foi de 83%. Mesmo entre os mais idosos com mais de 80 anos, 18% eram sem risco.
Eduardo Kokubun. Unesp
Disseminou-se a crença de que a Covid-19 acomete somente os idosos e pessoas com alguma doença pré-existente como hipertensão, diabetes, obesidades e outras comorbidades. Os mais jovens, segundo esse raciocínio, podem pegar a doença, mas ficarão assintomáticos ou desenvolverão formas mais leves da doença, não serão graves e nem precisarão de hospitalizações. A segunda onda com a disseminação da cepa p.1 parece que vem mudando isso. Mas, os dados do ano passado mostram que não. Pessoas mais jovens, sem comorbidades, podem sim precisar de internações.
Segundo dados do Ministério de Saúde, em 2020, 625 Rio-Clarences foram internados por Covid em hospitais daqui e em outros municípios. Desses, 206, ou seja, 33% não apresentavam nenhuma comorbidade conhecida . Ou dito de outra forma, de cada 3 pessoas internadas, 1 não tinha nenhum doença conhecida que pudesse explicar sua condição.
Quando desmembramos por faixa etária, vemos que quando maior a idade, menor é a proporção de pessoas internadas com comorbidade: de 17% naqueles com mais de 80 anos e aumenta até 83% naqueles mais jovens e adolescente com menos de 20 anos. Entre aqueles com 20 a 40 anos, são 65, de 40 a 60 anos, 39% e de 60 a 80 anos, 23%
Portanto, a Covid-19 não é doença SOMENTE de pessoas com comorbidades. Jovens SEM comorbidade podem desenvolver as formas mais graves SIM. A maioria dos internados com menos de 40 anos NÃO tem comorbilidade conhecida.
Corais da Unesp na pandemia
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Corais da Unesp na pandemia
Os grupos de corais dos câmpus de Guaratinguetá e São José dos Campos apresentam gravação na forma de mosaico da música Correnteza de Tom Jobim e Luiz Bonfá realizada durante o período de restrições das atividades presenciais.
Regente: Sandra Mendes Sampaio de Souza
Cantores que participam do vídeo: Ana Amorim, Angela Bellini, Angela Gomes Ferreira, Auxiliadora Torres, Berenice Vieira,Cristina Cori Vieira, Delson Bergamasco, Diana Elena Demetrescu, Elias Cruz, Elisabeth Takahashi, Gabriel Alkmin, Inês Prates, Izabel Jehá, Jonathan Neu Sant'Ana, Lívia Espíndola, Maria Aparecida Cândido, Maria Bernadette Broca, Marta Rampani, Odete Soares, Paula Bezerra, Rose Mafra, Ruimar Amorim, Sandra Mendes Sampaio, Sandra Picinin, Taís Mafra Salla, Urbano Oliveira, Vicente Bosco Pereira
Vídeo e mais detalhes sobre a atividade aqui.
Ciência e ficção: o vírus pode ter chegado em Marte?
Adilson Roberto Gonçalves
Unesp - Rio Claro
Em A Guerra dos Mundos, H.G. Wells contou a invasão marciana ao nosso planeta, que acabou sendo controlada apenas pelos microrganismos aqui existentes, pois os seres do planeta vermelho não teriam sistema imunológico para deles se defender. Os seres mais antigos do planeta de certa forma nos salvaram; os humanos tiveram tempo suficiente para criar seus anticorpos e os marcianos, não.
Filmes baseados nesse clássico livro de ficção científica de 1898 tiveram sucesso em diferentes públicos, mas no Halloween de 1938 a história foi levada ao ar por um programa de rádio dos Estados Unidos, na voz de Orson Welles. A dramaticidade e a omissão de se tratar de uma leitura ficcional foram criticadas, pois pessoas acreditaram ser aquilo realidade. Houve quem fugiu ou até tenha se matado depois de ouvir que o mundo estaria se acabando. No entanto, mais recentemente, estudos mostraram que esses casos relatados podem ter sido exagerados. Porém, é prova de que a crença compete com os fatos há um bom tempo. Não por menos, Orson Welles se tornaria um dos maiores diretores cinematográficos e seu Cidadão Kane, de 1941, considerado o melhor filme de todos os tempos. Woody Allen retratou a passagem da leitura de A Guerra dos Mundos em seu filme Radio Days (A Era do Rádio, de 1987), que vale ser assistido por retratar aquela época e também pela interpretação de “Tico-tico no fubá” da atriz brasileira Denise Dumont.
Na última quinta-feira, 19/2, o Perseverance chegou em solo marciano. Transmitido ao vivo pela Nasa e por inúmeros canais da internet, vimos os momentos de tensão da aproximação e entrada na atmosfera, os sete minutos de terror, pois não são recebidas leituras de telemetria devido à forte interferência causada pelo atrito da cápsula. A operação foi para colocar lá mais esse robô que obterá informações do solo em uma região formada por sedimentos, na qual, provavelmente, havia um enorme lago e um rio que nele desaguava em foram de delta. Detalhes da missão e de sua importância podem e devem ser acompanhados. Fortemente recomendado é o Blog Mensageiro Sideral, do Salvador Nogueira https://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/
Haveria microrganismos neste solo? Poderiam as amostras serem contaminadas com eles e nos atacar, como na ficção? A viagem por 460 milhões de km no espaço seria suficiente para a destruição desses seres vivos ou o DNA poderia ser uma molécula resistente? Da mesma forma, poderíamos estar levando a nossa microbiota para outros mundos? O coronavírus pode ter chegado em Marte?
O contraponto da ciência de ponta com a ficção, a crença naquilo que se ouve sem comprovar se é verdade ou não e teorias conspiratórias de que tudo tem um propósito ou um fim trágico são bem representativos do momento pelo qual passamos. Em plena pandemia, com ondas de contaminação mais fortes e a prevalência de uma cepa do coronavírus mais resistente e transmissível, ainda relutamos em não acreditar na higienização, no uso de máscaras, no distanciamento, no rastreamento, na imunização.
Coçamos a cabeça, com a certeza de que não é piolho.
#TodosPelasVacinas com MC Fioti
#TodosPelasVacinas com MC Fioti
MC Fioti, do hit Bum Bum Tam Tam e o Coordenador do Núcleo de Pesquisas em Vacinas da USP, Professor Daniel Bargieri, tão no Portal KondZilla com a campanha #TodosPelasVacinas, tirando as dúvidas sobre a vacinação contra a Covid! Pega a visão!
Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=OT7M291OAXw
sábado, 20 de fevereiro de 2021
A pandemia pode chegar do vizinho
Não existe barreira de distância para o SarsCov-2. Atravessou continentes e oceanos, chegou no Brasil, na cidade de São Paulo e depois a Rio Claro no ano passado. Agora, a nova variante com potencial de ser mais transmissível que apareceu em Manaus, já cruzou mais de 3 mil km em menos de 30 dias e desembarcou em Araraquara, há pouco mais de 100 km daqui. Lá, o município, após identificar 12 casos com a nova variante, e com enorme pressão sobre os hospitais, decretou um "lockdown" mais restritivo do que o previsto na fase vermelha do Plano São Paulo.
Desde o início, sabe-se que a pandemia em um município afeta a progressão nos vizinhos. Assim, comparamos os dados de evolução da pandemia em 3 Departamentos de Saúde vizinhos: DRS Piracicaba ao qual Rio Claro pertence, DRS Campinas, mais ao sul e rota para a Capital e DRS Araraquara nosso vizinho ao norte. Dentre os 92 municípios com quase 7,1 milhões de habitantes, escolhemos as 20 cidades com mais de 100 mil habitantes.
Nenhum dos 20 municípios, incluindo Rio Claro, apresentam incidência condizente com a zona verde do plano São Paulo, ou seja, menor do que 180 casos por mil habitantes nas duas últimas semanas, que corresponde a 13 casos diários por mil habitantes. Pelo contrário, muitos se encontram acima do limite da zona laranja, que corresponde a incidência superior a 26 casos por mil habitantes.
Quanto mais próximo da capital, de onde a pandemia começou a disseminar para o estado (e para todo país) mais rapidamente o vírus chegou a maior é a incidência. Note que no gráfico à esquerda, que representa os municípios mais próximos da capital, apresentam maior incidência do que a média dos 20 municípios (quadrados pretos na figura). A incidência é menor nas cidades mais distantes da capital, representadas no gráfico à esquerda, a maioria com incidência menor do que a média.
Nos dois gráficos, Rio Claro, representada com círculos vermelhos, a incidência da Covid-19 está abaixo da média dos 20 municípios. Entre os municípios mais distantes da capital, Rio Claro apresentou incidência ligeiramente mais elevada na primeira onda, reduziu drasticamente no intervalo para a segunda onda. Mesmo nessa segunda onda, os valores encontram-se relativamente mais baixos quando comparados com outros municípios.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Vacinação de idosos pode evitar 75% de óbitos pela Covid-19 em Rio Claro
Com a aplicação da segunda dose em idosos acima de 80 anos, a redução pode alcançar 27% nos próximos meses
Eduardo Kokubun, Unesp
Desenvolvidas em velocidade sem precedente, o desafio agora é o de produzir e distribuir as vacinas contra a SarsCov-2 em escalar suficiente para atender à população. Enquanto isso não ocorre é necessário fazer escolhas e estabelecer prioridades.
Seguindo orientação federal e estadual, Rio Claro tem como alvo nesta primeira fase, os profissionais de saúde e os idosos acima de 60 anos. Com 5,5% da população total do município já vacinada, estamos em compasso de espera para completar a aplicação da primeira dose idosos entre 60 e 79 anos.
Idosos e pessoas com comorbidades são mais suscetíveis a desenvolverem as formas mais graves da Covid-19, requerem mais internações e registram mais óbitos. Portanto, faz muito sentido, que eles sejam os alvos prioritários.
A proporção de idosos afetados pela Covid-19 no ano passado de 15,7% não é muito diferente da proporção de 16,8% na população. Os 60,3% de adultos de 20 a 59 anos tem mais risco de adquirir a doença, pois responderam por 78,5% dos casos.
Os idosos levam desvantagem com as internações e óbitos: eles respondem por 50,5 % das internações e 76% dos óbitos. As vacinas, de acordo com estudos científicos, praticamente eliminam os casos mais graves da Covid-19 e também os óbitos. Portanto, se a população de idosos estiver imunizada, as internações cairão para a metade desafogando hospitais e o sofrimento de pacientes e familiares. O potencial para reduzir óbitos é maior ainda: 3 em cada óbitos serão evitados.
Rio Claro tem parte da população com mais de 80 anos, já cobertos com a primeira dose da vacina, que corresponde a 2,3%. Parece pouco, mas os efeitos sobre a epidemia não são nada desprezíveis. Após a segunda dose, pode-se evitar 14,9% das internações e 26,9% dos óbitos. Com 2,3% de vacinados evitando 26,9% das mortes. Um ganho e tanto.
Quando a vacinação alcançar aqueles com mais de 60 anos, serão outros 14,5%, que somados aos de mais de 80 anos, serão 16,8%. Com essa cobertura, serão evitados 50,4% de internações, e 76% de óbitos.
Em tempos de cobertor curto, a estratégia de priorizar a vacinação de idosos, como se vê, é bastante efetiva.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Vende-se oxigênio
Eduardo Kokubun, Unesp
O recrudescimento da pandemia que acomete o país a partir de Manaus expôs imagens de pessoas correndo para comprar gás, não o de cozinha, mas de oxigênio.
Abundante no ar atmosférico, com seus 21%, nem nos damos conta de quão fácil é obtê-lo em cada uma das 15 respirações que fazemos por minuto. Tudo isso para mandar parcos 300 ml desse gás por minto para nos manter vivos, que caberia numa latinha de refrigerante.
Os pulmões atacados pela COVID tornam essa tarefa tão trivial em uma batalha literalmente de vida ou morte. O doente poderá precisar de ajuda para botar mais ar e mais oxigênio para dentro do corpo.
O ar e o oxigênio que eram conseguidos sem esforço e de graça passam a ser um bem precioso pelo qual precisamos pagar, como o gás de cozinha. Com toda escassez, formam-se filas, o preço sobe.
Absurdo maior é transferir ao parente o ônus pelo fornecimento do agora preciosos e caro gás.
“Sinto muito, não temos mais oxigênio. Você precisa trazer um cilindro para manter seu ente querido vivo?”.
“ Como faço isso?”
“ Ouvi dizer que tem um distribuidor de gás com estoque na rua de baixo. Mas parece que tem fila”
“Será que tem cambista?”
*Em tempo. Caminhões de gás O2 começarão a circular pelas ruas da cidade. Para não atrapalhar os enfermos, uma musiquinha no lugar do grito "Ó o gás".
Atualização sobre vacinas e o programa de imunização no enfrentamento da COVID-19
Live organizada pela Unesp discutiu tecnologias de vacinas e o processo de imunização
O Comitê Científico e o Comitê Unesp Covid-19, formados pela universidade em resposta à pandemia, reuniram na última quinta-feira (dia 11), três cientistas experts em vacinação no encontro on-line “Atualização sobre vacinas e o Programa de Imunização no enfrentamento da Covid-19”, que foi transmitida pelo canal da Unesp no Youtube.
Os palestrantes foram os médicos Alexander Precioso, diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan; Helena Sato, diretora técnica da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) paulista e Alexandre Naime, chefe do Departamento de Infectologia da Faculdade de Medicina da Unesp (FMB), câmpus de Botucatu.
Link do Youtube aqui.
Mais detalhes aqui.
Internet segura
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Dia Mundial da Internet Segura
9 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial da Internet Segura (SID, Safer Internet Day, em inglês).
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e a SaferNet Brasil promoveram evento on-line para discutir o uso seguro, ético e responsável da Internet, que mundo podemos vislumbrar no pós-pandemia e os desafios para bem-estar e segurança nas novas rotinas digitais.
Mais informações e programação em: https://www.diadainternetsegura.org.br
Todas as lives podem ser assistidas:
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=tjq3S5C0YOg
Facebook: https://www.facebook.com/SafernetBR/
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Conselhos ao Povo - ontem e hoje
Adilson Roberto Gonçalves
Unesp Rio Claro
Voltou a circular nas redes sociais uma publicação de 1918, estampada nos principais jornais da época, intitulada "Conselhos ao Povo", com indicações sobre comportamentos e procedimentos para se evitar a proliferação e o contágio da gripe espanhola.
Artigo da historiadora Liane Bertucci-Martins detalha a origem desses conselhos, baseados em recomendações publicadas pelo Serviço Sanitário de São Paulo para lidar com a gripe espanhola, já reconhecida como uma variante da gripe influenza (https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622003000100008). Originalmente, as recomendações foram veiculadas no jornal O Estado de S. Paulo em 16/10/1918, resumidas e republicadas pelos demais órgãos de imprensa como "Conselhos ao Povo", com alguma variação nos dizeres, nas ênfases, e, às vezes, com a autoria de outros órgãos.
Chama a atenção que aquelas recomendações são as mesmas que os órgãos internacionais de saúde vêm fazendo na pandemia do novo coronavírus desde o início de 2020: distanciamento social evitando aglomerações, suspensão de aulas e eventos culturais e esportivos, repouso absoluto após os primeiros sintomas, higienização pessoal e dos meios de transporte e dos locais em que pessoas tenham de circular. Apenas não se falava em máscaras por total desconhecimento e por não ser um instrumento de proteção individual usual. Porém, havia um item que incomoda os que defendem, hoje, os conceitos científicos: a profilaxia pela ingestão de derivados de quinino e uso de infusões e desinfectantes para gargarejos e limpeza das vias nasais. Naquela época não havia conhecimento científico que mostrasse a ineficácia de tais remédios e os perigos que o uso de desinfectantes pode causar. Também foram publicados, ainda que não ostensivamente, alertas de que tais sugestões eram baseadas mais no senso comum e em relatos individuais de sucesso, nunca avaliados clinicamente.
A consulta à hemeroteca da Biblioteca Nacional revelou que na década de 1910-1919 houve 802 publicações com as palavras "quinino" e "influenza". Já na década seguinte (1920-1929), o número cai para menos da metade (369), sendo que boa parte, em ambos os períodos, é de propaganda e anúncios de remédios e infusões milagrosas contra a gripe. Outra observação é que no período de maior atenção à influenza (1910-1919), dos 10 jornais em que mais apareceram as duas palavras simultaneamente, 5 eram do eixo SP-RJ, sendo 4 jornais do Rio de Janeiro entre os 5 primeiros da lista. Essa relação passa para apenas dois jornais entre os 10 com maior número de palavras na década seguinte, sendo que o mais citado do Rio aparece em sétimo lugar. Ou seja, em alguns anos e com a mudança de década, há um deslocamento geográfico e mercadológico do interesse do uso de derivados de quinino para gripes em geral, e, especificamente, para a influenza.
Vale a pena a leitura do trabalho e a observação do que a sociedade de um século atrás pensava para entendermos como certas crenças são arraigadas ao longo do tempo. Lembro que em relação à alimentação, o BAC 34, de 11/8/2020, publicou uma comparação interessante entre as duas épocas (link aqui).
domingo, 14 de fevereiro de 2021
Vacinação em Rio Claro alcança 5,6% da população.
A Fundação Municipal de Saúde antecipa a vacinação para idosos acima de 80 anos, superando meta do estado de vacinar população acima de 85 anos. A distribuição de doses às unidades espalhadas pela cidade segue modelo consagrado da vacinação contra a gripe.
Rio Claro antecipou a vacinação de idosos com mais de 80 anos, superando a meta do estado que alcançava faixa de 85 anos.
Eduardo Kokubun. Unesp
A Vigilância Epidemiológica optou por utilizar o modelo de vacinação anual contra a gripe para a nova companha contra a Covid-19. Desde o lançamento da campanha, duas novas unidades de vacinação foram acrescentadas além da distribuição de doses a convênios de saúde. A quantidade de doses disponibilizadas ao município e ajustes na estratégia possibilitou ampliar a cobertura de pessoas com mais de 80 anos, antecipando-se à meta do estado que prevê a cobertura de pessoas até 85 anos. Estima-se que pelo menos 1,2 mil moradores do município tenham sido beneficiadas.
Com 11,252 doses aplicadas até 12/02/2021, Rio Claro atinge 5,6% da população com a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Outras 296 pessoas já receberam a segunda dose
O plano de imunização do município previa alcançar inicialmente 7.540 profissionais de saúde, seguido de 25.897 pessoas com idade de 60 anos ou mais. Nesta sexta-feira, a meta do município de vacinar 2452 idosos acima de 80 anos foi superada.
Algumas unidades receberam fluxo maior de idosos e as equipes de vacinação foram reforçadas.
A campanha prosseguirá sob demanda espontânea nas Unidades, conforme a liberação de doses pelo Governo do Estado.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Mulheres e Meninas na Ciência: encantos e desafios na trajetória acadêmica
Mariana Milani
estudante de física na Unesp Campus Rio Claro e
integrante do coletivo AstroLábia sobre estudos do universo
Mulheres e Meninas na Ciência: encantos e desafios na trajetória acadêmica
Talvez você tenha se deparado com alguns eventos sobre mulheres cientistas
nos últimos dias. Esse alvoroço em torno da legião feminina tem um motivo especial:
no dia 11 de fevereiro comemora-se, desde 2015, o Dia Internacional das Mulherese Meninas na Ciência, data instituída pela Assembleia das Nações Unidas. Não é
novidade que historicamente as mulheres foram excluídas de diversos processos,
espaços e instituições sociais e vêm adquirindo voz com o avanço das lutas
feministas pela equidade de gênero atravessadas pelas lutas dos grupos
minoritários. Nos últimos anos, diversas pesquisas levantaram a questão das
desigualdades no ambiente acadêmico mostrando a impressionante diferença ente o
número de homens e mulheres nas áreas STEM (Science, Technology, Engineering
and Mathematics), principalmente no decorrer da carreira, elencando alguns fatores
que podem levar às disparidades entre o grupo social dominante (homens brancos,
cis, héteros, etc.) e as chamadas minorias sociais. Você pode ler algumas pesquisas
e textos sobre o assunto logo abaixo, nas sugestões. O objetivo não se limita a
encarar as dificuldades como empecilhos, mas também encontrar no
reconhecimento desses obstáculos e na inspiração em trajetórias de mulheres que
os superaram um estímulo para prosseguir nesse caminho conflituoso e repleto de
encantamentos.
Para contribuir com a ampliação deste debate tão importante no meio
científico e com a sociedade, compartilho alguns eventos, grupos e entidades que se
dedicam a essas questões. Um deles está em Rio Claro, você sabia? O grupo 500Mulheres Cientistas faz parte do projeto internacional 500 Women Scientists como
um de seus múltiplos braços organizados em pods (núcleos) locais. Em Rio Claro,
essa iniciativa ganhou força em meados do ano passado a partir da ecóloga Dra.
Milene Alves-Eigenheer, criadora da página de divulgação “Eco et al.”. O pod de Rio
Claro está de portas abertas para você, mulher cientista, que deseja conhecer,
aprender, discutir e contribuir com as iniciativas locais para a promoção da
diversidade nas ciências. Quer saber mais? Basta acessar este link:
https://500womenscientists.org/pods, clicar em “join or start a pod” e encontrar o pod de Rio Claro seguindo os passos indicados. Outros grupos espalhados pelo país (e
pelo mundo!) estão em universidades, instituições de pesquisa e sociedades
científicas promovendo alguns programas de incentivo às mulheres nas ciências
como o Prêmio Carolina Bori (SBPC), CAPES e CNPq, ou atuam de forma
independente como o “Mulheres na Ciência” - um site colaborativo de mulheres
cientistas. Hoje em dia são tantas iniciativas e projetos incríveis que não serei capaz
de elencar todos aqui. O grupo das Mulheres no IFT (Instituto de Física Teórica daUnesp) começou um levantamento desses projetos no âmbito nacional a fim de criarum banco de dados e deve divulgá-lo futuramente.
Se você está curiosa ou curioso, pode encontrar alguns eventos e sugestões
de leituras, vídeos e podcasts aqui:
- 08 a 12/02 Masterclass Internacional de Física de Partículas - feminino (SPRACE)
- 10 a 12/02 Fiocruz comemora: Mulheres e Meninas na ciência
- 10 a 12/02 I Semana de Mulheres na Ciência e Tecnologia - CAECA UFLA
- 13/02 Oficina Ciência e Mulheres Cientistas para crianças de 7 a 13 anos
- 13/02 Oficina Formação e Carreira científica para meninas de 13 a 17 anos
- Livro de passatempos - Cientistas negras: brasileiras
- Mulheres e ciência: uma história necessária
- Projeto Meninas e Mulheres na Ciência
- Podcast Meninas nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação
- Revista mulheres na Ciência #1, 2019
- Elsevier Final Report “Gender in the Global Research Landscape”
- Inspiring the Future - Redraw the Balance
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UNESP Rio Claro na mídia [09/02/2021]
UNESP Rio Claro na mídia
[09/02/2021]
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Unesp Rio Claro: Retorno das atividades presenciais e recomposição da equipe são desafios para nova gestão do IGCE
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
A imprensa de hoje sobre bastidores da vacina e ineficácia de medicamento contra a Covid-19
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Ciência é coisa de criança
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Ciência é coisa de criança
Parte 1 – Ciência é coisa de criança
Cientistas afirmam que ciência e criança tem tudo a ver. Afinal, criança gosta de perguntar. E os cientistas também.
Parte 2 – Tíbio, Perônio e Beakman
Personagens históricos da TV que popularizaram a ciência nos anos 90.
Parte 3 – Zé Gotinha
O mundo infantil e o mundo científico se encontram em um personagem que já ajudou a salvar milhões de vidas.
Parte 4 – Literatura e Ciência
Qual o espaço da ciência na literatura infantil e juvenil?
Parte 5 – Divulgação científica aos pequenos
Quais os caminhos para divulgar a ciência para as crianças? E quais os primeiros passos para ser um cientista desde pequeno?
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