sexta-feira, 30 de julho de 2021

Retomada de atividades: para não trocar coroa de Natal por coroa de velório

Baixa imunização, alto risco de transmissão, reinfecção, casos em vacinados e variante delta acendem luz amarela na retomada


Eduardo Kokubun UNESP


Enquanto avança no mundo, no país, no estado e no município as vacinas contra o coronavírus vão cumprindo o que promete: proteger cada uma das pessoas vacinadas. Quem está vacinado corre menor risco de adoecer. Se por azar ou descuido o vacinado ficar doente, mesmo após duas semanas após a segunda dose, terá menos chance de internar ou morrer. Mas quem ainda não está completamente vacinado, não terá o mesmo benefício. 

Quando a porcentagem de pessoas completamente vacinadas passar de 30%, espera-se que os benefícios comecem a se estendam a toda população. Com cada vez menos hospedeiros para se alojar e reproduzir, a população de vírus ficará escassa. Se mais de 70% da população estiver completamente imunizada, espera-se dramática redução na epidemia, podendo até se extinguir.  Resumindo, quando pouca gente está vacinada, somente os completamente vacinados tem algum benefício: a vantagem é individual. Quando muita gente está vacinada, todos, vacinados e não vacinados se beneficiam: a vantagem passa a ser coletiva.

As medidas não farmacológicas contra a covid-19, como uso de máscaras e distanciamento físico foram e continuam importantes para o controle da pandemia. Elas foram utilizadas antes do início das vacinações para achatar a curva de contágio e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde e mortes. À medida que a vacinação avança, vários países começaram a liberar as restrições de circulação. 

O Reino Unido revogou todas as medidas de restrição de circulação incluindo a obrigação do uso de máscaras. Os Estados Unidos da América após alguns movimentos de liberação vêem-se obrigados e retroceder na medida de liberação de máscaras e implantam políticas para incentivo à vacinação. O relaxamento das medidas nos países com vacinação mais avançada consideram tanto a cobertura vacinal como a situação epidemiológica: quanto mais pessoas estiverem completamente imunizadas E quanto menor o risco de transmissão menores serão as restrições.

Uma pesquisa publicada no início de junho na revista JAMA Network Open mostrou que a liberação das medidas de não farmacológicas em fases precoces da vacinação podem até provocar repique no número de novos casos, anulando os efeitos da vacinação. Em 29/07/2021, Rio Claro alcançou 25% da população completamente imunizada. Na simulação na pesquisa mencionada, a liberação total com apenas 25% da população vacinada,  poderia aumentar o número de casos em 79%, hospitalizações em 76% e de óbitos em até 150% do que sem liberação. 



A situação epidemiológica no Brasil ainda é de alto risco de transmissão. Rio Claro cravou ontem a média móvel de 22 novos casos diários, cerca de 266% acima do limite da faixa de baixo risco de transmissão segundo critério da Organização Mundial de Saúde. A vacinação completa de 25% ainda está distante dos 70% necessários para a imunidade coletiva. Temos a variante delta, com grande transmissibilidade e requer duas doses de vacina para os nossos antianticorpos manterem a capacidade de neutralizá-la. Além disso, ela se mostrou capaz de se transmitida mesmo em vacinados. Com 6 meses de vacinação no país, é cada vez mais frequente a ocorrência de casos, reinfecção, hospitalizações e até óbitos em imunizados.

A retomada de atividades nesse cenário deve ser colocada no prato dos riscos na balança dos riscos e benefícios. Temos sim que redobrar os nossos cuidados com os pilares da proteção não farmacológica: distanciamento físico, uso de máscaras, ventilação e manutenção de bolhas de proteção. Caso contrário, a invés de coroas de natal podemos ter coras de velório.






Cinemateca em chamas: já vimos este filme

Setembro de 2018 foi um mês marcante. O Museu Nacional no Rio de Janeiro ardeu em chamas e o patrimônio histórico, cultural e científico perdido foi um choque enorme para a sociedade. Ao menos para os que entendem a importância do museu. Ao longo desses três anos, algumas ações de reparo e resgate puderam ser feitas e parte do acervo foi recuperada, reconstituída ou resgatada em outros formatos que não os originais que lá estavam guardados. Museu não é apenas um depósito de raridades, mas, sim, um espaço de ciência, de aprendizado e de lazer.

A Cinemateca Brasileira já vinha dando sinais de perigo há anos devido às más condições de suas instalações e descaso e sucateamento em todos os níveis, não apenas os materiais de preservação de acervo, mas também a falta de funcionários para lá trabalharem. O incêndio em um de seus galpões foi apresentado com tragédia anunciada, retrato da forma como governantes estão tratando nossa memória cultural.

Filmes mais antigos eram feitos de nitrato de celulose que, por ser muito inflamável, foram causa de vários acidentes. O filme "Cine Paradiso" (https://www.imdb.com/title/tt0095765/) apresenta essa situação e a transição para filmes de acetado de celulose, que se decompõem com o tempo, mas queimam com maior dificuldade. O acervo na Cinemateca é predominantemente de acetatos que, literalmente, viram vinagre com o tempo. Estima-se que em condições adequadas de armazenamento, com controle de umidade e temperatura, os filmes possam durar até 100 anos.

Os originais revelam detalhes da produção, incluindo partes excluídas de um filme ou documentário e a própria técnica utilizada. Talvez cópias tenham sido guardadas em outro local, mas ali seria o lugar principal e de primeira escolha para manter um acervo. Vamos continuar a lamentar a extensão de mais uma perda cultural.

O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter da Revista VEJA - Coronavírus - 30/07/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus30/07/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo: 196.741.728 contaminados e 4.201.788 mortos.

No Brasil: 19.839.369 contaminados e 554.497 mortos.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 4,02 bilhões. Enquanto no Brasil são 139.141.390 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).

 

SPRAY VIROU FUMAÇA

Sempre em busca de um remédio miraculoso contra a Covid-19, o governo chegou a apostar suas fichas em um spray israelense à base de uma proteína que provocaria uma reação no organismo capaz de minimizar os efeitos da doença. Atrás do negócio tratado por Bolsonaro como "milagroso", dez autoridades brasileiras foram a Israel em março para conhecer o produto. Reportagem da Revista VEJA mostra que, passados quatro meses, a euforia em torno do spray se dissipou. O governo desembarcou da história da "cloroquina nasal" sem dar explicações. O único rastro visível foi a conta de 88.000 reais paga pelos cofres públicos para bancar a viagem.

 

DOSE EXTRA EM ISRAEL

Em nova tentativa de controlar a disseminação da variante delta e o aumento de casos de Covid-19, Israel decidiu aplicar uma dose de reforço da vacina da Pfizer em pessoas com mais de 60 anos. Serão elegíveis para a terceira inoculação idosos que foram vacinados há pelo menos cinco meses. Nesta semana, a farmacêutica afirmou que uma terceira injeção aumenta significativamente os níveis de anticorpos contra várias versões do vírus. Os dados do estudo, contudo, ainda não foram publicados. Ainda assim, um painel de especialistas israelenses aconselhou o governo de Naftali Bennett a realizar a campanha de reforço.

 

PRODUTIVIDADE TÓXICA

A disseminação do home office com a chegada da pandemia, que incorporou o escritório ao ambiente doméstico, esgarçou os limites da jornada e cultivou o que vem sendo chamado de "produtividade tóxica", uma situação em que a pessoa acorda e vai dormir trabalhando, com efeitos negativos para o bem-estar, a saúde mental e o próprio desempenho. Conforme mostra matéria de da Revista VEJA, o excesso é sentido intensamente no Brasil: em uma pesquisa recente com trabalhadores de oito nacionalidades, realizada pela Microsoft, os brasileiros foram os que mais se disseram exaustos com o ritmo remoto, em que muita gente ainda patina para encontrar o necessário equilíbrio.

 

COVID-19 EM TÓQUIO

O Japão registrou mais de 10.000 novos casos de Covid-19 em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia no país. Apenas em Tóquio, que sedia os Jogos Olímpicos, foram 3.865 infectados, o maior número pelo terceiro dia seguido. Segundo a governadora da capital, Yuriko Koike, o sistema de saúde está sob forte pressão e há estimativa de os casos chegarem a 4.500 por dia na cidade em agosto. A nova onda na região metropolitana acontece, principalmente, devido à propagação de novas variantes, que são mais contagiosas, como a delta. Koike garantiu, no entanto, que a alta de casos não tem relação com a Olimpíada.


quinta-feira, 29 de julho de 2021

O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter da Revista VEJA - Coronavírus - 29/07/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus29/07/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo196.030.937 contaminados e  4.188.464 mortos.

No Brasil:     19.797.086 contaminados e  553.179 mortos.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,98 bilhões. Enquanto no Brasil são 137.094.468 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).


VACINAÇÃO ANTECIPADA

O governo de São Paulo anunciou a antecipação da vacinação contra a Covid-19 de adultos e adolescentes. Agora, a conclusão da campanha para quem tem mais de 18 anos está prevista para 16 de agosto, quatro dias antes da estimativa anterior. Em 18 de agosto, o estado começará a inocular os adolescentes com comorbidades. A reprogramação é fruto da chegada de mais 1,3 milhão de doses da CoronaVac, compradas pela gestão Doria. Já em todo o Brasil, mais de 39,2 milhões de pessoas estão totalmente protegidas contra o coronavírus. O número é 51% maior que o registrado no fim de junho, quando 25,9 milhões estavam vacinados.

RESULTADOS DE SERRANA/SP

A cidade de Serrana (SP), que participou da experiência do Instituto Butantan de vacinar em massa com a CoronaVac, continua a ver o número de casos e mortes por Covid-19 cair. Em julho, o município, com cerca de 45.000 habitantes, registrou apenas um óbito – uma mulher de 66 anos com comorbidades – e não há nenhum paciente internado em UTI, segundo a prefeitura. Enquanto isso, o Ministério da Saúde vai iniciar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas que receberam a CoronaVac. A pesquisa, feita em parceria com a Universidade de Oxford, deve começar em breve em São Paulo e Salvador, com 1.200 voluntários.

BONS INDICADORES

O último Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz reafirmou a tendência de queda no número de óbitos e na ocupação de UTI pela Covid-19. Atualmente, apenas duas unidades da federação – Goiás e Distrito Federal – estão na zona de alerta crítico de ocupação de leitos. A maior parte dos estados (16) está fora da zona de alerta e nove estão na zona de alerta intermediário, sendo que a maioria apresenta taxas entre 60% e 65% de ocupação. De acordo com levantamento da Revista VEJA, a média móvel de mortes no país está em 1.082,1, a menor desde 22 de fevereiro, e estável em relação a duas semanas atrás. Durante o mês de julho, o país ainda não apresentou crescimento na curva de vítimas fatais.

ESTUDO: ASTRAZENECA

A segunda dose da vacina contra a Covid-19 Oxford-AstraZeneca não aumenta o risco de trombose, mostrou estudo publicado na revista científica The Lancet. De acordo com os pesquisadores, o resultado comprova a segurança da conclusão do esquema vacinal em pessoas que não apresentaram o raro efeito colateral após a primeira injeção. O trabalho apontou que a probabilidade de trombose é rara e é comparável à registrada em populações não vacinadas. A pesquisa analisou casos do problema ocorridos até 14 dias após a administração da primeira ou segunda dose, relatados até 30 de abril, usando o banco de dados global da farmacêutica.

PEDIDO DE NOVO TRATAMENTO

A Pfizer protocolou junto à Anvisa o pedido de uso emergencial do medicamento tofacitinibe para o tratamento de adultos hospitalizados com pneumonia resultante de Covid-19. A solicitação é baseada em um projeto de pesquisa realizada em parceria com o Hospital Albert Einstein. O estudo, realizado em quinze centros brasileiros, incluiu 289 pacientes internados com pneumonia causada pela doença, e que não precisaram de suporte ventilatório. Os resultados mostraram que o uso do medicamento reduziu o risco de morte ou insuficiência respiratória em comparação com o placebo. Os resultados do estudo foram publicados no periódico científico New England Journal of Medicine.

PRÊMIO PARA VACINADOS

A prefeitura de Nova York vai pagar 100 dólares para quem se vacinar em um dos pontos administrados pela gestão de Bill de Blasio. A medida tem como objetivo impulsionar a campanha de vacinação no município, que teve uma queda acentuada no ritmo nas últimas semanas. Atualmente, cerca de 54,4% da população de Nova York está com a imunização completa contra a Covid-19. No Reino Unido, o governo anunciou a reabertura de suas fronteiras para visitantes totalmente vacinados que chegarem da União Europeia e dos Estados Unidos. Assim, turistas desses países não precisarão mais cumprir uma quarentena obrigatória.


quarta-feira, 28 de julho de 2021

O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter da Revista VEJA - Coronavírus - 28/07/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus28/07/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo 195.392.725 contaminados e  4.178.439 mortos.

No Brasil:      19.749.073 contaminados e  551.835 mortos.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,93 bilhões. Enquanto no Brasil são 135.822.731 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).


COVAXIN: AUTORIZAÇÃO SUSPENSA

A Anvisa decidiu suspender a autorização de importação da vacina Covaxin. A medida ocorre após o laboratório responsável pela fabricação do imunizante, Bharat Biotech, afirmar que a Precisa Medicamentos não tem mais autorização para negociar doses em seu nome. A compra pelo Ministério da Saúde por meio de empresas intermediárias está sob investigação da CPI da Pandemia depois de denúncias de superfaturamento no processo. Segundo a Anvisa, os fatos surgidos durante a apuração da comissão poderiam impactar conclusões da agência acerca dos "aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina a ser utilizada na população".

 

VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão de adolescentes de 12 a 17 anos na campanha de vacinação contra a Covid-19. Esse público começará a ser imunizado após a aplicação da primeira dose na população adulta. Como ocorreu entre as pessoas acima de 18 anos, jovens com comorbidades terão prioridade. A decisão foi tomada em conjunto com estados e municípios, segundo o ministério. Vale lembrar que governos estaduais já haviam anunciado a inclusão de adolescentes nas campanhas de imunização. Atualmente, apenas o fármaco da Pfizer-BioNTech pode ser utilizado em pessoas dessa faixa etária.

 

RISCO ECONÔMICO

O Fundo Monetário Internacional alertou para os riscos que a pandemia pode trazer para a economia mundial. Para o FMI, se os países não fizerem esforços para implantar uma cooperação global de vacinas, novas variantes vão surgir e ameaçar o setor até de nações com altos índices de imunização. O fundo também disse que apesar de acreditar que as recentes pressões sobre os preços serem transitórias, existe o risco de que elas possam se tornar mais persistentes forçando os bancos centrais dos países a tomar medidas preventivas. A expectativa média do FMI para o PIB mundial é de um crescimento de 6% em 2021 e 4,9% em 2022.

 

IMPACTO NO CÉREBRO

Desde o começo da pandemia, diversas investigações sobre as consequências da Covid-19 no cérebro têm sido realizadas. Neste mês, um seminário online a respeito do tema reuniu cientistas do Brasil e da Alemanha para a apresentação de pesquisas sobre a pandemia. Uma delas, conduzida por uma universidade de Berlim, demonstrou que o novo coronavírus utiliza a mucosa olfatória como porta de entrada para o órgão. Outros experimentos, feitos no Brasil, mostraram que outra forma de o vírus atingir o cérebro do infectado se daria conforme a doença vai progredindo para diferentes órgãos enquanto a inflamação sistêmica se agrava.


terça-feira, 27 de julho de 2021

Olimpíada e ciência

Márcia Correa Bueno Degasperi Unesp


Olimpíada e ciência

Qual o perfil de um atleta participar de uma Olímpiada? Ele é um atleta de alto nível, faz parte de uma equipe multidisciplinar de apoio e é totalmente dedicado ao treinamento diário. Muitos atletas se encaixam nesse perfil e tem dedicação exclusiva ao esporte.

Em Tóquio, encontramos duas atletas que também se envolveram nas ciências em alto nível, são doutoras e, inclusive uma é medalhista. São elas:

Charlotte Hym é doutora em neurociência e skatista.

Instagram: https://www.instagram.com/charlotte_hym/







Anna Kiesenhofer é doutora em matemática e a atual medalha de ouro no ciclismo.

Instagram: https://www.instagram.com/annakiesenhofer/

Saiba mais sobre Kiesenhorfer na revista Bike Magazine.




Conhece mais algum atleta olímpico que também gosta de fazer ciência? Coloque no comentário e vamos atualizar a lista.

Imagens do Instagram das atletas.


O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter da Revista VEJA - Coronavírus - 27/07/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus27/07/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo:

·      194.785.032 contaminados e  4.168.797 mortos.

No Brasil:

·      19.707.662 contaminados e  550.502 mortos.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,89 bilhões. Enquanto no Brasil são 134.076.527 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).

 

SINOPHARM NA ANVISA

A Anvisa recebeu a solicitação de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm. O pedido foi apresentado pela empresa Blau Farmacêutica, que representa o imunizante do laboratório chinês no Brasil. O prazo de análise do pedido pode ser de sete ou trinta dias, a depender do caso. O fármaco não teve estudos clínicos no Brasil, mas foi aprovado pela OMS em maio, o que pode facilitar a autorização. Produzido a partir de um vírus inativado, o antígeno é aplicado em duas doses, com intervalo de três a quatro semanas, e apresentou eficácia contra infecções sintomáticas e hospitalização de 79%.

 

AVANÇO EM SÃO PAULO

O Estado de São Paulo chegou a 75% da população adulta vacinada com ao menos uma dose contra a Covid-19. Isso significa cerca de 25,3 milhões de pessoas inoculadas. Destas, 9,3 milhões – ou 26% – completaram o esquema vacinal, seja com duas doses da CoronaVac, Oxford ou Pfizer, ou pela dose única da Janssen. No levantamento da Revista VEJA, que calcula o índice de vacinados de acordo com a população total, o estado imunizou 55,3% da população com ao menos uma dose e 20,6% com duas ou com a injeção única. Em proporção à população, conforme mostra o Radar/Veja, São Paulo ultrapassou a taxa aferida nos Estados Unidos.

 

PROBLEMA EM CAPITAIS

Apesar do visível avanço da campanha de vacinação, o Brasil ainda enfrenta problemas por falta de doses. Ao menos oito capitais suspenderam a aplicação da primeira injeção nesta semana: Rio de Janeiro, Belém, Campo Grande, Salvador, João Pessoa, Vitória, Florianópolis e Maceió. A pausa temporária rendeu críticas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao Ministério da Saúde. O político ironizou o "senso de urgência" do Ministério na entrega de vacinas. Na capital fluminense, a retomada da administração da primeira dose acontecerá nesta quarta-feira. A expectativa no Rio é imunizar todos os adultos acima de 18 anos nas próximas três semanas.

 

EUA: RESTRIÇÕES MANTIDAS

Diante das preocupações com a variante delta do coronavírus, os Estados Unidos decidiram não suspender "neste momento" as restrições de viagem para entrar em seu território, confirmou a Casa Branca. A cepa tem provocado aumento de casos de Covid-19 no país. Atualmente, os EUA proíbem a entrada de praticamente todos cidadãos que não são americanos e que nas últimas duas semanas estiveram na China, Índia, África do Sul, Irã, Brasil e 26 países europeus. Na semana passada, o governo americano afirmou que fronteiras terrestres do país com Canadá e México seguirão fechadas para viagens não essenciais ao menos até 21 de agosto.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter Revista VEJA - Coronavírus - 26/07/2021

Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus26/07/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo:

·      194.188.533 contaminados e   ·      4.159.321 mortos.

No Brasil:

·      19.688.663 contaminados e   ·      549.924 mortos.

 

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,85 bilhões. Enquanto no Brasil são 132.999.022 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).

 

CURVAS EM QUEDA

Com média móvel de 1.101,4 mortes por Covid-19, a pandemia no Brasil voltou ao patamar de queda. A taxa é a mais baixa desde 23 de fevereiro e 15% menor do que a apurada em 11 de julho. Já a média de casos está em estabilidade, com 44.584,1 infectados diários, número 2,51% mais baixo do que o registrado há duas semanas. O avanço da campanha de vacinação é o principal responsável pelo recuo dos índices. Até o domingo, 45,4% da população – ou mais de 95,4 milhões de pessoas – receberam ao menos uma dose de um imunizante, enquanto 15,9% – 33,5 milhões – receberam as duas. Além disso, outras 4.045.166 de pessoas foram inoculadas com o fármaco de dose única da Janssen.

 

TESTES SOROLÓGICOS FUNCIONAM?

Com o aumento da vacinação contra a Covid-19 no país, muitas pessoas têm realizado exames sorológicos (de sangue) para tentar aferir a eficácia das vacinas. Esse tipo de teste verifica a presença de anticorpos neutralizantes e podem indicar se a pessoa desenvolveu ou não imunidade. Mas será que ele serve para descobrir se a vacina faz efeito? Segundo a Anvisa, ainda não se sabe qual a quantidade mínima de anticorpos para conferir proteção imunológica contra infecções, reinfecções e formas graves, bem como o tempo que dura a ação dessas moléculas. Por isso, os testes não dão conta de provar se o imunizante recebido funcionará.

 

RESTRIÇÕES NOS EUA

Diante da resistência de parte da população à vacinação e do aumento de casos, principalmente devido à variante delta do coronavírus, autoridades dos Estados Unidos estão impondo restrições àqueles que não se imunizaram. Em Nova York, o prefeito Bill de Blasio estuda obrigar a apresentação de atestado de vacinação para entrar em ambientes fechados, como bares e restaurantes, e também estimulou empresários a exigirem que seus funcionários se imunizem. Em entrevista à rede americana CNN, o epidemiologista-chefe da Casa Branca, Anthony Fauci, disse que o país estuda retomar a exigência da máscara mesmo entre os que já estão totalmente vacinados.

 

PAPEL DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS

Após mais de quinze meses de pandemia, a ciência andou a passos largos e hoje os corticoides, um tipo de anti-inflamatório, têm um importante papel no tratamento da Covid-19, mas de forma restrita. Conforme mostra VEJA Saúde, até o momento, a principal certeza é que medicamentos como dexametasona e metilprednisolona ajudam a reduzir o risco de morte e a necessidade de ventilação mecânica, mas só quando usados em pessoas internadas em situação crítica. Antes disso, alertam os especialistas, dar esse tipo de remédio pode piorar o quadro, uma vez que diminui o funcionamento do sistema imune quando o vírus está se replicando. 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

BURADJIRU: que país é esse?

Particularidades da língua japonesa mudaram a ordem das apresentações dos países na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Eduardo Kokubun - UNESP


Os países participantes dos Jogos Olímpicos se apresentam em ordem alfabética na cerimônia de abertura. Pelo nosso alfabeto, o Brasil seria um dos primeiros a entrar. Porém, por nuance do alfabeto da língua do país sede, nosso país foi o 152º a desfilar, depois da Zambia.

Há dois silabários na língua japonês, com 46 caracteres cada um. Diferente do alfabeto romano, cada letra dos hiraganas e katakanas são expressões fonéticas, ou sílabas no nosso idioma. No lugar de duas letras, uma consoante (por exemplo a letra "n") e uma outra vogal (a, e, i, o, u) para expressar sílabas como "na", "ne", "ni", "no", "nu", escreve-se por lá 


Notem que "ordem" das vogais também é diferente daqui: a, i, u, e, o.

Outra particularidade do japonês é que por lá, não existe encontro consonantal como o BR de Brasil. A solução é separar o Bra de Brasil em duas sílabas: bu ra.

E o desafio não para por aí. Não existe caracter que tenha o som de si (zi) do nosso país. O jeito é utilizar o som mais próximo que é o dji. Até aqui temos três sílabas: bu ra dji ___

Falta ainda o l, a última letra do nosso país. Outro desafio. Por aqui aprendemos que a letra "l" no final da palavra leva o som de "u". Ou se quisermos acentuar o l, levamos a ponta da língua ao céu da boca e pronunciamos um "ullll". O problema é que no japonês, não existe nada parecido com esse som. Nem consoante muda, que seria mais parecida com o nosso l do Brasil. Para não ignorar essa consoante, em respeito ao nome de um país, o japonês escolheu o "ru".

Por isso, quando dito em japonês, nosso país se torna:

BU - RA - DJI - RU

Ou em katakana: 

Se você for se aventurar a escrever o nome do nosso país em japonês, não se esqueça de colocar esses dois tracinhos que parecem aspas.

Eles modificam o som dos dois caracteres dando um som mais vibrante. Se você tirar os tracinhos e escrever:


O BU vira FU, o DJI vira SHI e o japnês vai ler FURASHIRU.

O silabário do B está em 9º lugar da família das consoantes, imediatamente após o da consoante F. Por isso, ficamos para trás no desfile. O critério de apresentar por ordem alfabética foi mantido como manda a tradição dos jogos. Mas o resultado revela o quanto as culturas de diferentes povos são diferentes.



Roberto Romano, professor e filósofo, vítima da covid

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro

O professor e filósofo Roberto Romano faleceu nesta quinta-feira, 22 de julho, por falência de múltiplos órgãos devido à covid-19 (veja notícia completa aqui).
Crítico do atual governo, escrevia regularmente para o Estadão e era lá que eu o lia. Aceitou meu convite de amizade no Facebook com o alerta de que ali não era espaço para negacionistas, fascistas e outras correntes deletérias ao país.
Em abril deste ano fiz comentário sobre um de seus artigos que foi publicado na versão online do jornal e integrou um texto de opinião (https://www.brasil247.com/blog/covardia-multipla-institucional). Reproduzo parte dessa carta aqui:

"As sábias palavras do professor Roberto Romano apontam para a necessidade de uma refundação do Estado brasileiro, federativo, tamanha foi a destruição causada pelo néscio que ocupa o Palácio do Planalto (Federação, municípios, morticínio. Tragédia nacional, Estadão, 25/4, A2) ... É emblemático Roberto Romano analisar o período da presença de reis europeus no Brasil no dia em que se lembrou a Revolução dos Cravos portuguesa. ... É pela indignação que deve acontecer a retomada da democracia de fato no País e, por isso, o personagem "Tunéscio", que nada vê e em tudo acredita, está muito preocupado."

Triste notícia a perda de alguém que fará muita falta.

O QUE FOI NOTÍCIA: Resumo da Newsletter VEJA Coronavírus - 23/07/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP


Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo:

·      192.623.328 contaminados e  ·      4.136.823 mortos.

No Brasil:

·      19.523.711 contaminados e  ·      547.016 mortos.

 

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,74 bilhões. Enquanto no Brasil são 129.378.137 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).

 

O DRAMA DA 'COVID LONGA'

O aumento de casos de Covid-19 provocado pela variante delta preocupa autoridades de saúde do mundo todo e faz surgir a dúvida: estaríamos entrando em uma nova onda da pandemia? Não há resposta à questão, mas é possível afirmar que neste momento vive-se, sim, uma terceira onda, de outra natureza. Reportagem da Revista VEJA mostra que ela é formada por milhões de pacientes que já passaram pela fase aguda da infecção, mas permanecem com sintomas que, por vezes, exigem tratamentos tão ou mais intensos do que os ministrados durante a manifestação clínica do vírus. Eles são vítimas do que se chama de Covid longa.

 

MAIS VACINAS EM AGOSTO

O Ministério da Saúde estima receber 63,3 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em agosto. A quantidade é cerca de 56% maior do que a prevista para o mês de julho, que conta com 40,4 milhões de imunizantes. A conta do ministério considera 10 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca, fornecidas pela Fiocruz; 20 milhões de doses da CoronaVac, fornecidas pelo Instituto Butantan, e 33,3 milhões de doses da Pfizer-BioNTech, enviadas pela própria farmacêutica. Para o período de setembro a dezembro estão previstas mais 360,8 milhões de vacinas. Se o cronograma for cumprido, será um recorde de entrega de doses ao país.

 

TORNEIO DE CONTROVÉRSIAS

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começaram oficialmente nesta sexta. Após o adiamento causado pela pandemia, a festa de abertura não contou com a presença do público e assim também será em todas as disputas. Além disso, será uma Olimpíada marcada pela enorme rejeição da população anfitriã, justamente por causa da Covid-19, e que deverá ficar marcada pelos rigorosos protocolos de segurança e pelo forte calor do verão japonês.

 

PASSE SANITÁRIO

Em molde similar ao que fez a França, o governo da Itália anunciou que a partir de 5 de agosto passará a exigir um comprovante de vacinação para entrada em diversos espaços de cultura e lazer. O passe sanitário será usado para academias, piscinas públicas, museus, cassinos, cinemas e até áreas internas de restaurantes. O documento, seja na forma digital ou impressa, indica se a pessoa recebeu ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, teve resultado de teste negativo ou se recuperou recentemente da doença. Para o primeiro-ministro italiano Mario Dragui, trata-se de "uma medida que gera serenidade". Além de conter o vírus, a norma deve reforçar a campanha de vacinação no país.


Biblioteca comunitária

Márcia Correa Bueno Degasperi

Unesp


Biblioteca comunitária


A definição de uma biblioteca pode ser simplesmente uma coleção de livros, uma coleção pequena que preencha uma estante ou até mesmo um prédio inteiro.

Os tipos de biblioteca também podem ser definidos pelo tipo de público: escolar, universitária, pública, particular e também comunitária.

Uma biblioteca comunitária, normalmente, é criada por iniciativa individual ou coletiva para promoção de informação e leitura a um grupo com objetivos sociais comuns.

As bibliotecas comunitárias são criados a partir de doações e podem também ser apoiados por empresas preocupados com a sua responsabilidade social.

Algumas iniciativas de sucesso:

Ecofuturo: rede de bibliotecas comunitárias criada para o incentivo à leitura e transformação do espaço social.

Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) que leva a leitura para comunidades e periferia.

Na área da Biblioteconomia, a biblioteca comunitária é estudada e tem muitos documentos acessíveis sobre o assunto.

Recentemente, foi divulgada notícia de uma biblioteca criada por garis na Turquia com os livros em bom estado que eles encontravam descartados. Vale a pena ver a notícia aqui.

Iniciativas para incentivo à leitura e formação de leitores, assim como as escolas, são fundamentais para a formação do cidadão e assim termos uma sociedade com mais acesso à informação e formação de conhecimento, uma grande ferramenta para uma sociedade melhor.







quinta-feira, 22 de julho de 2021

O QUE FOI NOTÍCIA Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus – 22/07/2021

 José Alexandre Perinotto  UNESP

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo:
192.059.616 contaminados e
4.128.076 mortos.
No Brasil: 
19.473.954 contaminados e 
545.604 mortos. 

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,71 bilhões. Enquanto no Brasil são 127.546.285 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e de VEJA (nacional).

EFICAZ CONTRA VARIANTES
As vacinas contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech e de Oxford-AstraZeneca oferecem boa proteção contra a variante delta após a aplicação da segunda dose, revelou um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine. Os resultados mostraram que após as duas injeções, a eficácia do imunizante da Pfizer foi de 88% contra casos sintomáticos e a do fármaco de Oxford, 67%. O número de casos e o tempo de acompanhamento não foram suficientes para estimar a eficiência contra hospitalização e óbito. No Brasil, que utiliza as duas vacinas citadas no estudo, o Ministério da Saúde já confirmou 135 pacientes infectados com a cepa.
 
QUEDA NAS INTERNAÇÕES
O governo de São Paulo anunciou que o número de novas internações registradas nos últimos sete dias foi o menor do ano. Atualmente, 6.920 pacientes estão internados em unidades de terapia intensiva no estado e outros 6.437 em enfermarias. A taxa de ocupação das UTIs está em 60,19% no estado e 55,65% na grande São Paulo. De acordo com o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, a quantidade de pessoas internadas em UTI atualmente é semelhante à registrada no pico da primeira onda da doença no estado, em 2020. Mas é metade da quantidade registrada no pico da segunda onda, no dia 1º de abril.
 
MEDICAMENTO SEM EFEITO
O medicamento canacinumabe, um anticorpo monoclonal utilizado originalmente contra artrite infantil, não é eficaz no tratamento de pacientes com Covid-19 grave. A conclusão é de um estudo feito em 39 hospitais dos Estados Unidos e da Europa publicado na revista científica Journal of the American Medical Association. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após realizarem um estudo randomizado, duplo-cego, de controle de placebo com 450 pacientes hospitalizados com a doença. Após um mês de acompanhamento, a chance de sobrevivência foi a mesma entre aqueles que receberam o remédio e os que tomaram placebo.
 
EXPECTATIVA DE VIDA NOS EUA
O governo dos Estados Unidos divulgou que a expectativa de vida dos americanos caiu em um ano e meio por causa da pandemia de Covid-19. Este é o maior recuo na taxa desde a II Guerra Mundial, quando houve queda de dois anos e nove meses entre 1942 e 1943. Com as condições de 2020, a expectativa de vida para uma criança nascida no país atingiu a marca de 77,3 anos, contra os 78,8 anos do ano anterior. De acordo com o Centro Nacional de Estatísticas em Saúde do país, responsável pelos dados, esse é o índice mais baixo desde 2003. A maior queda foi entre hispânicos e negros, o que expôs as disparidades raciais e étnicas na pandemia.

O QUE FOI NOTÍCIA Resumo da newsletter VEJA – Coronavírus – 21/07/2021

José Alexandre Perinotto -  UNESP

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo:
191.501.407 contaminados e
4.119.454 mortos.
No Brasil: 
19.419.437 contaminados e 
544.180 mortos. 

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 3,67 bilhões. Enquanto no Brasil são 125.528.145 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e de VEJA (nacional).
 
DESTINOS ABERTOS
Com o avanço da imunização, diversos países já retomam o turismo internacional. Para o Brasil, a lista de destinos ainda é restrita, mas aos poucos é ampliada. O Canadá anunciou nesta semana que reabrirá suas fronteiras para brasileiros totalmente vacinados com imunizantes aprovados pelo governo do país a partir de setembro. A França tomou decisão semelhante em meados deste mês e a Suíça comunicou a abertura no fim de junho. Ao todo, na Europa, ao menos cinco nações aceitam brasileiros, com exigência de quarentena ou comprovante de imunização. Na América do Sul e Central os turistas do país também podem viajar a alguns destinos, a maioria com restrições. 
 
AVANÇO DA VACINAÇÃO
Entre os dias 1º e 20 de julho, o Brasil aplicou 25,3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Destas, 20,4 milhões para aplicação da primeira dose ou do imunizante da Janssen, que só precisa de uma inoculação. No período, os cinco estados que mais avançaram na campanha foram Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Tocantins, com aumento de, no mínimo, 34%. No oposto da lista, as unidades federativas que menos progrediram na imunização no mês de julho foram Pará (aumento de 10%), Ceará (19%) e Distrito Federal (19%). Em números absolutos, São Paulo foi o que mais aplicou doses, um total de 7,1 milhões.
 
EFEITO NO EMPREGO
Um estudo feito pelo Banco Mundial aponta que a crise econômica causada pela pandemia deve provocar efeito negativo sobre empregos e salários no Brasil por nove anos. Os principais afetados por essa quase década de consequências negativas são os trabalhadores sem ensino superior e os profissionais que estão em início de carreira. As conclusões estão no relatório "Emprego em crise: Trajetórias para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19". De acordo com o estudo, as perdas de emprego durante crises econômicas geram grandes sequelas na região, tendo como consequência a redução longa nos índices de emprego formal.
 
RETORNO DE AULAS PRESENCIAIS
Em pronunciamento nacional, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu o retorno dos estudantes às aulas presenciais nas escolas. Segundo ele, "o Brasil não pode continuar com as escolas fechadas, gerando impactos negativos nesta e nas futuras gerações". O ministro citou estudos de organismos internacionais que mostram que o fechamento de escolas provoca consequências devastadoras para os alunos, como perda de aprendizagem, do progresso do conhecimento e o aumento do abandono escolar. A decisão de retorno total às aulas presenciais, contudo, não depende do governo federal, mas sim de cada estado.

CAUTELA DOS JOGOS
No Japão devido ao início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanon, disse que a Covid-19 só será derrotada se "todos fizerem sua parte". O mandatário desejou que a Olimpíada "seja uma fonte de esperança e unidade para alcançarmos igualdade de vacina e encerrarmos a pandemia". 

EUA: VARIANTE DELTA
Dados apresentados pela diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Rochelle Walesnky, mostram que a variante delta do coronavírus já representa 83% dos casos registrados de Covid-19 naquele país, em um "aumento drástico" que coincide com a alta de quase 48% no número de mortes na última semana. Em áreas onde os índices de vacinação são menores, a porcentagem dos casos com a cepa, que é mais transmissível, é superior aos 83% e os contágios e hospitalizações estão voltando a subir, segundo Rochelle. Até o momento, 48,7% dos americanos estão totalmente protegidos.

terça-feira, 20 de julho de 2021

#InformarPrevenirSalvar

 

Márcia Correa Bueno Degasperi

Unesp


#InformarPrevenirSalvar


O Observatório Covid-19 BR mantido por iniciativa independente com a chancela da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) possui uma página com rico material para divulgação sobre transmissão, prevenção e detecção da Covid-19. Contempla também protocolos para locais fechados e abertos, informa sobre vacina e utilização da máscara PFF2.

Iniciativa que acredita ser a informação uma ferramenta essencial ao combate ao novo coronavírus.

Para as políticas públicas tem material de divulgação para as prefeituras e agentes de saúde com disponibilidade de download.

Com a campanha #InformarPrevenirSalvar, divulga o Triângulo da Prevenção: os protocolos atualizados são baseados em três atitudes que salvam vidas: uso correto de MÁSCARA, DISTANCIAMENTO e VENTILAÇÃO cruzada.

Vale a pena conferir.

Página: https://coronacidades.org/informarprevenirsalvar/

Twitter: https://twitter.com/obscovid19br





Vacina: a bota para pisar na lama

 Com 40.284 pessoas ou 19,4% da população completamente imunizadas, Rio Claro precisa completar a vacinação em outros 50%. Até lá, a proteção é parcial.

         Eduardo Kokubun. Unesp-Rio Claro



Aos trancos a vacinação avança. Em Rio Clara quase metade da população deu o braço. Um em cada cinco rioclarenses já está completamente imunizado. Cerca de 20 a 25% da população aguarda ainda a primeira dose e outros 50 a 55% precisam voltar para a segunda dose. A boa notícia é que esses números diminuem rapidamente. Sem tropeços, Rio Claro poderá entrar em dezembro com toda população completamente imunizada contra a Covid-19.

As vacinas existentes foram projetadas para a proteção individual. Diminuem as chances de uma pessoa ser infectada. Se por azar ou descuido a pessoa contrair a doença, diminuirá a chance de precisar de hospital, UTI, intubação ou de morrer. Mas, aprendemos nesse ano que as vacinas não evitam nem a infecção, nem a infecção, nem o óbito. A todo momento escutamos ou lemos que um vacinado ficou doente, internado ou foi a óbito. Nem mesmo a infecção natural dá ao ex-infectado, imunidade completa. Há casos de pessoas que pegaram a doença pela terceira vez.

Quando um número grande de pessoas - cerca de 70% da população- estiver completamente vacinada poderemos alcançar a proteção coletiva. Com esse grau de imunização o vírus não encontrará pessoa suscetível capaz de se infectar. Sem encontrar onde se alojar e se reproduzir, o vírus se extinguiria. Sem a vacinação, 145 mil rioclarenses teriam que se infectar naturalmente. Em 16 meses foram 18 mil infectados. Para chegar aos 145 mil, teríamos que aguardar ainda 12 anos até a imunidade rebanho. 

Perto dos 16 meses desde o início da pandemia, esperar 4 a 5 meses até alcançar a imunidade coletiva é pouco. Porém, é tempo suficiente para infectar ou reinfectar 5 a 6 mil e matar 160 pessoas em Rio Claro. É também um tempo suficientemente longo para o aparecimento de variantes, como a delta que ameaça botar água na cerveja dos ingleses. Há relato de infecção pela variante delta com um contato batizado de fugaz: aproximação de pessoas sem máscara com menos de 2 segundos.

Com o nível de vacinação que temos em Rio Claro e no Brasil, a proteção ainda é individual, que diminui a chance de agravamento da doença em quem é vacinado. Além disso, a proteção contra a variante delta só chega com a segunda dose. Por enquanto, a vacinação é como botas para pisar na lama: ajuda a evitar que sujem os pés. Uma dose de vacina é uma bota na altura das canelas com lama até as canelas. Qualquer descuido suja seus pés. Melhor esperar a segunda dose e fazer a bota chegar aos joelhos. 

Enquanto houver muita gente infectada circulando, o lamaçal ainda é profundo. O vírus oportunista não exitará em invadir o corpo de quem está desprotegido sem máscara, sem distanciamento independente de estar ou não vacinado. Até a lama baixar, ou seja, alcançar a imunidade coletiva com pelo menos 70% da população imunizada, não respire o ar alheio:

1) use máscara

2) evite locais pouco ventilados

3) evite locais com muita gente

4) evite locais fechados com gente falando em voz alta