sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Máscaras obrigatórias

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro 

É um desconforto usar máscara facial para proteção, mas é extremamente necessário de forma mútua, para não contamina o usuário, nem quem está por perto. Infelizmente, tornou-se um embate ideológico fazer uso de procedimentos não medicamentosos para evitar a propagação da covid-19. Há outras situações de introdução de artefatos e procedimentos de segurança que também foram, em maior ou menor grau, contestados. Como exemplos, fiquemos com o cinto de segurança nos veículos, o capacete para motociclistas, a proibição de fumar e usar celulares em postos de combustíveis e o uso de camisinhas para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Cada qual possui seus opositores, mesmo sabendo de todos os estudos e comprovações de sua necessidade. Alguns, como o uso de cinto de segurança, possuem legislação própria, cuja transgressão é sujeita a multa. Doendo na parte do corpo mais sensível - o bolso - parece que encontra maior adesão. Outros, como a camisinha, são de foro mais íntimo, estimulados por campanhas estatais (ao menos eram) e têm uma aceitação mediana.

No entanto, a ainda necessária máscara facial, corretamente cobrindo nariz e boca, sem ser tocada pelas mãos, e feita de material com tripla camada de contenção de microrganismos (as chamadas PFF2 ou N95), virou objeto de discórdia, ainda mais quando oficialmente desdenhada. Pelo menos assim era, até que o protocolo internacional de visita a outro país exigir seu uso, feito sem pestanejar.

As mortes por covid-19 no Brasil voltaram a um patamar altíssimo, ainda que a nova cepa ômicron em circulação seja menos letal, porém mais transmissível. A contenção da doença, como mostra o professor Eduardo Kokubun, foi obtida pela ampla vacinação, mesmo ainda falha em algumas faixas etárias. Depois da imunização, o uso de máscara continua sendo a melhor barreira física na mitigação da pandemia e não precisaríamos de um puxão de orelha diplomático para saber disso.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Onda Ômicron permanece alta, porém já recua.

Maior adesão à segunda dose e de reforço poderia ter amenizado a onda.

Eduardo Kokubun

Unesp-Rio Claro

 

A Ômicron reproduz em Rio Claro uma onda com crescimento explosivo porém de duração mais curta observada nos países onde chegou antes. Na última semana antes da Ômicron, entre os dias 20/12 e 26/12/2021 foram registrados 29 casos novos, porém sem nenhuma nova internação ou óbito.




Em apenas 3 semanas, o número de novos caso explodiu alcançando 1.820 casos na semana entre 10 e 16/01/22. Esses números vêm diminuindo a cada semana e alcançou 447 casos na semana encerrada no domingo passado, 13/01/2022.
As hospitalizações alcançaram o pico de 65 novas internações na semana de 17 a 23/01/2022, uma semana após o pico de novos casos. Na semana seguinte, entre 24 e 30/01/2022 foi registrado o pico de óbitos, com 12 ocorrências. Assim como ocorreu com o número de novos casos, as hospitalizações e óbitos, por enquanto, diminuem a cada nova semana.
A onda Ômicron já está recuando em Rio Claro, porém não alcançou os patamares confortáveis da semana anterior ao Natal: a semana ainda não terminou e estamos com número de casos 7 vezes maior (213 x 29).
Com a vacinação mais recente alcançando população mais jovem a partir de 5 anos de idade, as formas mais graves da Covid-19 voltaram a acometer as pessoas com mais idade (em tons de vermelho no gráfico). Elas receberam as doses há mais tempo e portanto, além de serem mais suscetíveis à doença, tiveram maior perda de imunidade do que as mais jovens.
A atual onda escancarou também o risco que representa deixar o vírus circular livremente. Quanto maior a sua circulação, maior é a chance de surgir uma nova variante com possibilidade de burlar as defesas de pessoas que já ficaram doentes ou que tomaram a vacina. 
A onda Ômicron poderia ser mais amena se mais pessoas adotassem medidas de proteção como usar máscaras, evitar aglomerações principalmente em locais pouco ventilados e tomar vacinas no momento correto. Sem a vacinação, a onda Ômicron teria provocado 233% mais casos e 374% mais óbitos. Contudo, quase 10 mil pessoas em Rio Claro deixaram de tomar a 2a dose e quase 50 mil não retornaram ainda para tomar a dose de reforço. Isso significa que, dentre as 185 mil pessoas que iniciaram a vacinação, apenas 125 mil estão "em dia" usufruindo o máximo de proteção do imunizante. Pouco para uma cidade que abriga quase 210 mil pessoas.





sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Onda Ômicron atinge Rio Claro com 27,8% da população sem completar a vacinação

 Faltosos da segunda dose alcançam cerca de 10 mil e da dose de reforço quase 50 mil em Rio Claro. 

Eduardo Kokubun

Unesp Rio Claro


As vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas com uma rapidez sem precedente para conter a pandemia que nos castiga há dois anos. Durante o ano passado, aprendemos como o vírus Sars-Cov2 é capaz de se modificar rapidamente e escapar das defesas proporcionadas pelas vacinas obrigando a aplicar uma dose adicional de reforço.

A chegada da variante Ômicron escancarou a necessidade desse reforço e o perigo da distribuição desigual das vacinas. As variantes surgem quando o vírus é transmitido para um grande número de pessoas, que vê a oportunidade de se modificar e replicar em organismos com baixa defesa. 

Aprendemos também que mesmo nas pessoas vacinadas com duas doses, a defesa contra o vírus diminui com o tempo. Muitos habitantes de Rio Claro tomaram a segunda dose há mais de seis meses, considerado o prazo de "validade" das vacinas. Sem a dose de reforço, as defesas vão diminuindo e a parcela da população protegida vem diminuindo. 

Agosto de 2021 foi o mês onde alcançamos o número máximo de pessoas com a vacina dentro do prazo de validade. Ao longo do segundo semestre de 2021 porém, muita gente deixou de comparecer para tomar a dose de reforço. Quando a Ômicron chegou em Rio Claro, 44 mil pessoas tinham deixado de tomar o reforço. No final de janeiro, contando com todas essas faltas, a parcela da população adequadamente imunizada despencou para apenas 54%.

O número de casos em Rio Claro, como se vê na linha azul do gráfico, explodiu em janeiro. Parte disso se deve à Ômicron, muito mais transmissível. O impacto, porém, seria menor se não tivéssemos um em cada quatro rioclarenses com a carteira de vacinação em atraso. 



Sem vacina e sem mutação: como seria janeiro de 2022 se nada tivesse mudado em um ano?

Sem  a vacinação e com variantes ancestrais Rio Claro teria 233% mais casos, 476% mais internações e óbitos em janeiro

Eduardo Kokubun - Unesp/Rio Claro

Quando a vacina contra a covid-19 chegou em janeiro do ano passado, a pandemia estava em ascensão e assustou Rio Claro com 1.154 novos casos no mês, 59 leitos ocupados por dia e 19 óbitos no mês (colunas sólidas em azul no gráfico). 

Até a vacinação decolar e alcançar a metade da população, a situação ainda se agravou. Em meio ao recrudescimento da pandemia, a população enfrentou filas enormes, faltaram doses, houve denúncias de gente furando a fila enquanto outros faziam campanha contra. O vírus aprendera a sobreviver e se multiplicar e na Amazônia transfigurou-se na terrível Gamma, pressionou o sistema de saúde e espalhou o medo. Enfim, Rio Claro conseguiu imunizar mais da metade da população no início do segundo semestre do ano passado. A onda da variante Delta nos deixou em paz, porém passou o bastão para um herdeiro mais transmissível na calada de 2021.

A onda Ômicron explodiu em janeiro deste ano repetindo aqui, o que se viu onde ela desembarcou antes. A varante da vez é mais transmissível lançando o número de novos casos à estratosfera. Nas pessoas infectadas nesta onda da Ômicron, o vírus se instala mais nas vias aérea superiores e menos nos pulmões e tem propensão a provocar doenças menos graves e menos óbitos. Além disso, a ômicron chegou encontrando muitas pessoas com imunidade contra o novo coronavírus ou por causa da vacina, ou por infecção natural. O resultado da combinação entre as mudanças no vírus e aumento de imunidade é uma explosão no número de casos, porém com aumento menor de hospitalizações e óbitos.

Rio Claro entrou  no mês de janeiro  de 2022 com quase 80% de sua população total vacinadas com duas doses. A Ômicron provocou aumento de 390% no número de novos casos em relação ao mesmo mês do ano passado: 5.654 de pessoas com infecção conhecida (coluna sólida vermelha). Se as internações e óbitos seguissem a mesma proporção no aumento de casos teríamos 167 leitos e 93 óbitos (colunas com faixas azuis). Porém, a ocupação diária de leitos diminuiu 42% para 34 e o número de óbitos empatou com 19 (coluna sólida vermelha). 

Não fosse o avanço da vacinação combinada com uma variante menos feroz, Rio Claro teria batido outros recordes. Vacinas protegem cerca de 70% contra hospitalizações e óbitos pela Ômicron e 30% contra novas infecções. Sem a vacinação teríamos 18.847 casos em janeiro, com 161 leitos ocupados por dia e 90 óbitos (colunas com faixas vermelhas).

A disseminação da Ômicron é tão rápida que ela consegue burlar as medidas de contenção e mitigação mais facilmente do que as variantes mais antigas. Além disso, 80% das pessoas infectadas pela Ômicron não apresentam sintomas, enquanto nas variantes ancestrais era de 40%.  Isso aumenta, e muito, a propagação da doença.  Nesta onda Ômicron a transmissão em ambiente informal, como encontros entre amigos e familiares aumentou muito. Em ambientes mais formais ou com pessoas desconhecidas, como no trabalho, escola, comércio as pessoas tendem a ter maior cuidado para minimizar a exposição. Contudo, em encontros informais com pessoas conhecidas temos a tendência de relaxar, ficar sem máscara e nos aproximarmos dos outros, aumentando o risco de infecção.

A receita para controlar a pandemia da Sars-Cov2 que vem sendo repetida à exaustão pela OMS é completar o esquema vacinal incluindo a dose de reforço para todos, permanecer em ambientes ventilados, usar máscaras. Na onda Ômicron, devemos ainda redobrar os cuidados nos ambientes informais como encontro com familiares, amigos e conhecidos.





quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Ciência não é prioridade para o governo federal

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro

A publicação da Portaria 667 da Casa Civil em 9/2/2021 (https://in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-667-de-9-de-fevereiro-de-2022-379226707) deixa claro que ciência não é prioridade para as ações governamentais junto ao Parlamento. A portaria elenca 45 projetos e proposições, de iniciativa do Executivo ou já em tramitação no Congresso Nacional, considerados prioritários para o atual governo federal.

Sabendo o relevante papel da ciência na apresentação de soluções para a pandemia de Sars-Cov-2, especialmente em relação ao desenvolvimento de vacinas, o setor fica de fora dessas iniciativas, revelando serem prioritárias a pauta de costumes e as outras de segmentos que fortemente apoiam o atual governo - agronegócio, armamento, privatizações, saúde e educação privadas.

O negacionismo não tem sido apenas de cunho ideológico, mas prático. Promover medicamentos sem eficácia contra a covid, incentivar aglomerações, desrespeitar o distanciamento e o uso de máscara foram atividades oficiais de peso durante a pandemia e objeto de CPI e investigação pelo Ministério Público (ver BAC 155 https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ed_anteriores/bac-155-05022022). Agora, fica claro que na retomada de atividades, pouco ou praticamente nada tem sido considerado prioritário para a recuperação das agências de fomento à ciência e institutos de pesquisa, que se encontram em situação de total desmonte e abandono.

Assim, foi significativo que, mesmo em evento científico simbólico, como a homenagem à criança de 5 anos, Miro Latansio Tsai, que descobriu 15 asteroides por meio de atividade patrocinada pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), ter sido constrangedor o Ministro da Ciência e Tecnologia de nosso país ser o único na cerimônia sem máscara de proteção facial.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Desdobramentos da CPI da Covid

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro

Depois de três meses do encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que cativou a atenção dos brasileiros, especialistas fazem balanços sobre quais foram os efetivos desdobramentos do seu relatório final. De imediato sabemos que, durante as audiências, foi revelado um esquema pelo menos suspeito de venda de vacinas que só não foi levado a cabo pela própria dinâmica das denúncias. Ponto para a CPI.

Há muitos crimes a serem investigados com os 80 pedidos de indiciamento, e, após o devido processo legal, seus autores deverão ser julgados e condenados, se for o caso. A Procuradoria Geral da República (PGR) levou uma ou outra denúncia à frente, com duas distintas análises. De um lado, é apenas para mostrar que o órgão é independente, uma vez que a principal parte das acusações recai sobre o Presidente da República e representantes do Governo Federal. Por outro lado, os mais otimistas afirmam ser um bom começo de ações já na esfera jurídica, não mais parlamentar. O tempo será curto para conclusões, sendo ano eleitoral.

Lembremos também da defesa da ciência feita durante as oitivas e a condenação de práticas anti-éticas, tais como o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 e as ações contra o necessário distanciamento social, uso de máscaras e vacinação.

Os calhamaços impressos foram entregues, conforme a natureza do crime e condição do incidiado, à PGR, à Câmara dos Deputados, à Polícia Federal, ao Superior Tribunal de Justiça, ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas da União, a ministérios públicos estaduais, à Defensoria Pública da União (DPU) e ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Houve um toque nada sutil de utilização política e eleitoral daqueles atos, mas isso é inerente à ação parlamentar, ainda mais às vésperas de um emblemático ano eleitoral que é este em que estamos.

O processo legal é intrincado por natureza e tem seus trâmites ainda mais tortuosos quando a ação é explicitamente política. Os Senadores criaram o Observatório da Covid-19 para acompanhar os desdobramentos da CPI. No retorno das atividades legislativas deste ano, os parlamentares afirmam que ele será ativo.

Nesta semana Augusto Aras, Procurador Geral, encaminhou solicitação de indiciamento do relator Renan Calheiros e do presidente da CPI Omar Aziz, por supostamente terem se utilizado de informações confidencias durante os trabalhos da comissão e dado a eles indevida publicidade - o conhecido vazamento de dados. Atendeu pedido de Carlos Bolsonaro, um dos indiciados na CPI.

Na internet, fazendo a busca por "desdobramento da CPI da covid" resultam em mais de 40 mil páginas que, na verdade, após correr pela lista e fazer uma atualização, são reduzidas para 393. Isso deve ser feito porque o algoritmo do Google é muito redundante, repetindo páginas ou entradas com informações idênticas, apenas com endereço distinto. Ali retornam desde as dúvidas de parlamentares quanto ao desfecho da CPI, decepção de alguns porque os resultados não foram imediatos e diretos, e avaliação de especialistas, tanto na forma textual como em vídeos, para explicar os passos que a apresentação do relatório seguirá.

Comemorações de 2022: Semana de Arte Moderna e Independência

 

Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp


Comemorações de 2022: Semana de Arte Moderna e Independência



Neste ano de 2022, comemora-se o Centenário da Semana de Arte Moderna agora em fevereiro e o Bicentenário da Independência em setembro.

A Unesp instituiu um selo comemorativo para as duas datas para ser utilizado em seus documentos oficiais neste ano. Veja texto completo aqui.





O acervo da Rede de Bibliotecas da Unesp possui documentos sobre a Semana de Arte Moderna e pode ser consultado aqui. Os documentos disponíveis on-line* podem ser acessados pelo link ou pelo QRCODE abaixo:




          

*lembrando que os documentos assinados pela Unesp devem ter seu acesso via VPN quando estiver fora fisicamente da Universidade.


Com relação à comemoração mais próxima, agora em fevereiro, o Estado de São Paulo promove uma programação para relembrar a Semana de Arte Moderna com atividades presenciais e remotas que pode ser conferida aqui.

UNESP Rio Claro na mídia [04/02/2022]

 

Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp


UNESP Rio Claro na mídia

[04/02/2022]

Confira abaixo notícias


Estudo da Unesp mensurou a quantidade de espécies e seus atributos, bem como a dinâmica do carbono em duas áreas distintas do Cerrado: uma submetida a queimadas regulares e outra que ficou 16 anos sem queimar

https://www.ecycle.com.br/manejo-com-fogo-aumenta-diversidade-funcional-e-fixacao-de-carbono-nas-savanas/

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Como a Atividade Física Pode te Auxiliar no Tratamento Contra a Síndrome de Burnout.

Benefícios da atividade física no tratamento contra a Burnout:

https://manezinhonews.com.br/noticia/17292/como-a-atividade-fisica-pode-te-auxiliar-no-tratamento-contra-a-sindrome-de-burnout

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Chuva no final de semana em Rio Claro provoca interdição da Estrada Velha de Brotas

https://cidadeazulnoticias.com.br/chuva-no-final-de-semana-em-rio-claro-provoca-interdicao-da-estrada-velha-de-brotas/

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Janeiro de 2022 ultrapassou média histórica de chuvas para o primeiro mês do ano em Rio Claro

https://www.youtube.com/watch?v=I2lVVMTjXCo

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