Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro
Cada qual possui seus opositores, mesmo sabendo de todos os estudos e comprovações de sua necessidade. Alguns, como o uso de cinto de segurança, possuem legislação própria, cuja transgressão é sujeita a multa. Doendo na parte do corpo mais sensível - o bolso - parece que encontra maior adesão. Outros, como a camisinha, são de foro mais íntimo, estimulados por campanhas estatais (ao menos eram) e têm uma aceitação mediana.
No entanto, a ainda necessária máscara facial, corretamente cobrindo nariz e boca, sem ser tocada pelas mãos, e feita de material com tripla camada de contenção de microrganismos (as chamadas PFF2 ou N95), virou objeto de discórdia, ainda mais quando oficialmente desdenhada. Pelo menos assim era, até que o protocolo internacional de visita a outro país exigir seu uso, feito sem pestanejar.
As mortes por covid-19 no Brasil voltaram a um patamar altíssimo, ainda que a nova cepa ômicron em circulação seja menos letal, porém mais transmissível. A contenção da doença, como mostra o professor Eduardo Kokubun, foi obtida pela ampla vacinação, mesmo ainda falha em algumas faixas etárias. Depois da imunização, o uso de máscara continua sendo a melhor barreira física na mitigação da pandemia e não precisaríamos de um puxão de orelha diplomático para saber disso.
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