quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Onda Ômicron permanece alta, porém já recua.

Maior adesão à segunda dose e de reforço poderia ter amenizado a onda.

Eduardo Kokubun

Unesp-Rio Claro

 

A Ômicron reproduz em Rio Claro uma onda com crescimento explosivo porém de duração mais curta observada nos países onde chegou antes. Na última semana antes da Ômicron, entre os dias 20/12 e 26/12/2021 foram registrados 29 casos novos, porém sem nenhuma nova internação ou óbito.




Em apenas 3 semanas, o número de novos caso explodiu alcançando 1.820 casos na semana entre 10 e 16/01/22. Esses números vêm diminuindo a cada semana e alcançou 447 casos na semana encerrada no domingo passado, 13/01/2022.
As hospitalizações alcançaram o pico de 65 novas internações na semana de 17 a 23/01/2022, uma semana após o pico de novos casos. Na semana seguinte, entre 24 e 30/01/2022 foi registrado o pico de óbitos, com 12 ocorrências. Assim como ocorreu com o número de novos casos, as hospitalizações e óbitos, por enquanto, diminuem a cada nova semana.
A onda Ômicron já está recuando em Rio Claro, porém não alcançou os patamares confortáveis da semana anterior ao Natal: a semana ainda não terminou e estamos com número de casos 7 vezes maior (213 x 29).
Com a vacinação mais recente alcançando população mais jovem a partir de 5 anos de idade, as formas mais graves da Covid-19 voltaram a acometer as pessoas com mais idade (em tons de vermelho no gráfico). Elas receberam as doses há mais tempo e portanto, além de serem mais suscetíveis à doença, tiveram maior perda de imunidade do que as mais jovens.
A atual onda escancarou também o risco que representa deixar o vírus circular livremente. Quanto maior a sua circulação, maior é a chance de surgir uma nova variante com possibilidade de burlar as defesas de pessoas que já ficaram doentes ou que tomaram a vacina. 
A onda Ômicron poderia ser mais amena se mais pessoas adotassem medidas de proteção como usar máscaras, evitar aglomerações principalmente em locais pouco ventilados e tomar vacinas no momento correto. Sem a vacinação, a onda Ômicron teria provocado 233% mais casos e 374% mais óbitos. Contudo, quase 10 mil pessoas em Rio Claro deixaram de tomar a 2a dose e quase 50 mil não retornaram ainda para tomar a dose de reforço. Isso significa que, dentre as 185 mil pessoas que iniciaram a vacinação, apenas 125 mil estão "em dia" usufruindo o máximo de proteção do imunizante. Pouco para uma cidade que abriga quase 210 mil pessoas.





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