Considerações sobre mais uma participação do Ministro da Saúde na CPI da Pandemia
Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro
A CPI da Pandemia no Senado Federal continua investigando as ações e omissões em relação à Covid-19 no Brasil. O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga voltou a ser convidado como testemunha pela comissão nesta terça-feira, 8 de junho.
O dado científico mais relevante nessa oitiva foi o do Ministro da Saúde reconhecer que os chamados tratamentos precoces não possuem eficácia comprovada. É um avanço na posição oficial, não compartilhada com a presidência do país e ainda não totalmente precisa, uma vez que tais tratamentos já foram comprovados ser totalmente ineficazes. Tal discrepância causou indignação até dos defensores do governo que praticamente deixaram o ministro isolado em seu correto argumento.
Os senadores insistiram para que o ministro imputasse ao presidente responsabilidades sobre a conduta e desinformação havida, mas a blindagem foi notória, sendo que ele, por várias vezes, disse que não faria juízo de valor. Marcelo Queiroga também afirmou desconhecer a existência de tal gabinete paralelo. O desempenho do ministro Queiroga leva à conclusão de que pouco vale a reconvocação de depoentes, pois parece resultar em uma artificialidade nas respostas.
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