quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Vacinas e vestimentas

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN - Rio Claro


Colocar a mão em roupas íntimas que estamos usando não é higiênico, ainda mais de forma contínua, sem lavar e continuar a tocar outras coisas, certo? 
Então, pensemos a máscara para nos proteger da transmissão viral como tais vestimentas íntimas e os órgãos a proteger sejam o nariz, a boca e o queixo. Não ajeitamos a roupa íntima a todo instante, então não repitamos com a máscara, ainda mais tocando-a pela frente. Abaixamos a roupa quando há necessidade, ou seja, exclusivamente para ir ao banheiro, para a higiene, na individualidade e na intimidade. A máscara segue o mesmo ritual, retirada quando da alimentação, ingestão de líquidos e higiene do rosto como um todo. O grande diferencial é na fala, que também deve ser mantida em seu lugar, nunca ser removida caso não esteja na intimidade do lar ou isolado de todas as demais pessoas. Um nariz para fora da máscara ou o constante puxar na região da boca deixam uma imagem escatológica, anti-higiênica e perigosa, quase pornográfica, portanto.
As vacinas passam a ser a nova forma de proteção contra o novo coronavírus além das máscaras. Os imunizantes, amplamente estudados e testados, são questionados por grupos obscurantistas. Ivermectina, que comprovadamente não funciona para além de tratamento contra vermes, é tida como milagrosa. “Mas fulano se curou tomando”. Sim, até um relógio quebrado marca a hora certa duas vezes ao dia. A questão é a certificação com provas e contraprovas, estudos com placebos, seguindo protocolos científicos. Ou seja, ninguém fez o teste se o fulano deixasse de tomar o vermífugo, a cura teria acontecido da mesma forma. Verdades não se coadunam com crenças. O problema é o dano maior que a falta de veracidade causa.
Outro questionamento é a baixa eficácia global noticiada pelo Instituto Butantã referente à vacina Coronavac, desenvolvida em conjunto com empresa chinesa. As vacinas contra influenza possuem menos de 60% de eficácia e funcionam adequadamente para a prevenção de casos graves de gripe. As pessoas que tomam regularmente a vacina relatam que passaram a ter apenas sintomas leves da gripe, no máximo uma pequena febre e coriza. A vacina contra o coronavírus se mostrou com características semelhantes.

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