Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro
Ao longo do pandemia veio à tona o detalhamento do código de ética médico, regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, o qual discutimos neste espaço quanto a abrangência e limitações (edição BAC 95 - "Limites da autonomia do médico e do paciente"). A complexidade e a interdisciplinaridade de muitas profissões modernas requerem constantes revisões e atualizações desses dispositivos legais regulatórios. Nem por isso contradições deixam de existir.
No final de 2021 o Conselho Federal de Biologia baixou a resolução 614 para declarar o profissional da Biologia apto a exerecer o que está sendo chamado de “Práticas Integrativas e Complementares em Saúde”, que nada mais é que outro nome para pseudo-ciências. Dentre tais práticas pseudo-científicas foi incluída "bioenergética". Além de atentar contra a boa prática científica no exercício da profissão, a resolução pressupõe que profissionais da área biológica para exercerem tais atividades precisam de "cursos de formação complementares", incluindo aulas com profissionais de outras áreas, incluindo a química.
É necessário que fique claro que o termo “bioenergética” nada tem a ver com a bioenergia incluída no nome da unidade universitária da Unesp - Instituto de Pesquisa em Bioenergia (IPBEN), localizado na cidade de Rio Claro-SP, responsável pela coordenação local, por parte da Unesp, do Programa Integrado de Pós-Graduação em Bioenergia, um dos raros programas integrados pelas três universidades estaduais, Unesp, Unicamp e USP. Bioenergia é definida como a prática científica e tecnológica do uso e entendimento de fontes renováveis (especialmente a biomassa vegetal) para sua transformação em produtos e energia.
Neste site pode-se ter uma visão mais detalhada das atividades desse programa em bioenergia, seus docentes e projetos envolvidos: https://bioenergia.unicamp.br/.
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