Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro
O placar final pela aprovação do relatório já se sabia de antemão (7 x 4), com a característica política que tais comissões possuem. O seguimento das ações e indiciamentos apresentados no relatório final é que dará o tom da seriedade com que os demais órgãos da República lidarão com a tragédia da pandemia no Brasil.
Mas um assunto superou a ciência. Por 135 vezes foi pronunciada a palavra vacina naquela derradeira reunião, como não poderia deixar de ser, uma vez que um dos focos da investigação foi, primeiramente, a indisposição do governo federal em adquirir vacinas e promover a imunização da população. Depois, descobriu-se que houve tratativas de contratos bilionários superfaturados para que intermediários se beneficiassem da aquisição de doses que passaram a ser fabricadas, importadas ou disponibilizadas por meio de consórcios internacionais.
Hoje superamos a metade da população completamente vacinada graças em parte às denúncias que a CPI trouxe, evitando o superfaturamento na aquisição de doses de imunizante e forçando o avanço do programa de imunização. Mas é triste saber que houve o uso de cobaias humanas para aplicar medicamentos que não são eficazes para a Covid-19.
Não se poderá ficar agora apenas nas palavras ali ditas e escritas.
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