Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP
O
QUE FOI NOTÍCIA
Resumo
da Newsletter VEJA – Coronavírus – 13/08/2021
Até o
momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns
Hopkins:
No
mundo: 205.508.920 contaminados e 4.336.256 mortos.
No Brasil: 20.285.067
contaminados e 566.896 mortos.
O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 4,62 bilhões. Enquanto no Brasil são 159.938.829 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).
CANNABIS
CONTRA A COVID
A ciência
segue em busca de novos tratamentos para a Covid-19 e suas sequelas. Nesse
caminho, surgiu uma possibilidade inusitada: a Cannabis medicinal. Já usada
contra condições como epilepsia e esclerose múltipla, a planta é estudada agora
para o tratamento de pacientes com Covid longa. O Brasil realizará a primeira
pesquisa em breve. O trabalho terá duração prevista de três meses e contará com
a participação de 290 pessoas que apresentam fadiga, insônia, ansiedade,
depressão e alterações cognitivas por pelo menos noventa dias após o diagnóstico.
Os indícios já observados em laboratório são positivos.
24 HORAS SEM MORTES
Nos
últimos quarenta dias, quatro estados do país permaneceram sem mortes por
Covid-19 em um período de 24 horas. São eles: Amazonas, Maranhão, Roraima e
Piauí. Outro sinal de avanço na luta contra a pandemia no país é que as taxas
de ocupação de UTI e o número de casos nessas unidades federativas também estão
em tendência de queda. O Piauí, por exemplo, que não contabilizou óbitos na
última quarta-feira, viu a média móvel despencar 50% em relação a duas semanas
atrás e está com 46% dos leitos de UTI ocupados. Em todo o Brasil, a taxa média
de óbitos está em 884,3 e alcançou duas semanas seguidas em declínio.
MESMO COM VACINA, HÁ RISCO
A morte
do ator Tarcísio Meira em decorrência de complicações da Covid mesmo após estar
totalmente imunizado causa preocupação sobre a proteção das vacinas. O episódio
de Tarcísio é raro, mas não isolado. A maior parte de casos de infectados após
a segunda dose, contudo, é leve. Quadros graves e óbitos são as exceções, mas
podem acontecer. "As vacinas não impedem totalmente do indivíduo se
infectar e transmitir a doença", lembra o infectologista Renato Kfouri,
diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Os escapes vacinais,
também chamados de breakthrough infections, existem em todos os
imunizantes e a alta circulação do vírus aumenta a chance de infecção até em
vacinados.
AVANÇO DE VARIANTES
Um estudo
da Fiocruz mostra que a variante delta do coronavírus se espalha mais
rapidamente do que a gama, que surgiu primeiramente em Manaus, nos primeiros
meses de contaminação. De acordo com os dados, a proliferação da delta
multiplicou sua fração por nove – de 2,3% para 21,5% - entre junho e julho,
enquanto a gama dobrou sua atividade no mesmo espaço de tempo – de 11,5% para
23,6% – entre dezembro e janeiro. Já um projeto científico de vigilância por
sequenciamento amostral do coronavírus no Brasil identificou o avanço de uma
mutação da gama, chamada gama plus. A nova variante seria convergente com
características da delta. O trabalho ainda é inicial.
SEM
MÁSCARAS: QUANDO É SEGURO?
O
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que até o fim do ano todos os
brasileiros estarão vacinados e, assim, poderão parar de usar as máscaras. Mas
será seguro retirar o acessório neste momento? Para o infectologista Renato
Kfouri, o parâmetro para suspender as chamadas medidas não farmacológicas, que
inclui a máscara, não é o número de vacinados e sim a taxa de transmissão.
"Existe a possibilidade de surgir uma nova variante que comece a
reinfectar até mesmo os vacinados", alerta. Mesmo que o governo federal
determine a suspensão do uso de máscaras, caberá aos estados e municípios
decidirem sobre seus territórios.
GOLPES VIA APPS
A
quarentena imposta pela pandemia impulsionou um tipo de estelionato virtual que
atinge pessoas em busca de um relacionamento amoroso. Conhecido como
"golpe Don Juan", o crime levou a Divisão de Crimes Financeiros da
Interpol a emitir recentemente um alerta formal a 194 países, entre eles o
Brasil. Carentes de festas e bares, os brasileiros solitários são alvos cada
vez mais frequentes da artimanha. Nos EUA já existem dados sobre esse
estelionato, que cresceu 50% no ano passado, causando, além do rastro de
corações partidos, um rombo de 304 milhões de dólares na conta bancária de
americanos em busca de um amor.
COVID NO LOLLAPALOOZA
Chicago
reportou 203 casos de Covid-19 registrados no Lollapalooza realizado na cidade
há duas semanas. Nenhum dos pacientes precisou de hospitalização ou morreu.
Autoridades municipais minimizaram o impacto do evento nas taxas de infecção,
uma vez que cerca de 385 mil pessoas compareceram aos quatro dias de shows.
"Nenhum sinal de um evento superpropagador. Mas com centenas de milhares
de pessoas comparecendo era de se esperar alguns casos", disse a médica
Allison Arwady, do Departamento de Saúde Pública de Chicago. Todos os
participantes tiveram que mostrar antes prova de vacinação ou teste negativo.
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