sexta-feira, 13 de agosto de 2021

O QUE FOI NOTÍCIA - Newsletter da Revista VEJA - 13/08/2021

 Alexandre Perinotto - IGCE/UNESP

O QUE FOI NOTÍCIA

Resumo da Newsletter VEJA – Coronavírus13/08/2021

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus registra, segundo a Universidade Johns Hopkins:

No mundo: 205.508.920 contaminados e 4.336.256 mortos.

No Brasil: 20.285.067 contaminados e 566.896 mortos.

O número de doses de vacina aplicadas no planeta chegou a 4,62 bilhões. Enquanto no Brasil são 159.938.829 de unidades administradas. Os dados são da Bloomberg (mundial) e da Revista VEJA (nacional).

 

CANNABIS CONTRA A COVID

A ciência segue em busca de novos tratamentos para a Covid-19 e suas sequelas. Nesse caminho, surgiu uma possibilidade inusitada: a Cannabis medicinal. Já usada contra condições como epilepsia e esclerose múltipla, a planta é estudada agora para o tratamento de pacientes com Covid longa. O Brasil realizará a primeira pesquisa em breve. O trabalho terá duração prevista de três meses e contará com a participação de 290 pessoas que apresentam fadiga, insônia, ansiedade, depressão e alterações cognitivas por pelo menos noventa dias após o diagnóstico. Os indícios já observados em laboratório são positivos.

24 HORAS SEM MORTES

Nos últimos quarenta dias, quatro estados do país permaneceram sem mortes por Covid-19 em um período de 24 horas. São eles: Amazonas, Maranhão, Roraima e Piauí. Outro sinal de avanço na luta contra a pandemia no país é que as taxas de ocupação de UTI e o número de casos nessas unidades federativas também estão em tendência de queda. O Piauí, por exemplo, que não contabilizou óbitos na última quarta-feira, viu a média móvel despencar 50% em relação a duas semanas atrás e está com 46% dos leitos de UTI ocupados. Em todo o Brasil, a taxa média de óbitos está em 884,3 e alcançou duas semanas seguidas em declínio.

MESMO COM VACINA, HÁ RISCO

A morte do ator Tarcísio Meira em decorrência de complicações da Covid mesmo após estar totalmente imunizado causa preocupação sobre a proteção das vacinas. O episódio de Tarcísio é raro, mas não isolado. A maior parte de casos de infectados após a segunda dose, contudo, é leve. Quadros graves e óbitos são as exceções, mas podem acontecer. "As vacinas não impedem totalmente do indivíduo se infectar e transmitir a doença", lembra o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Os escapes vacinais, também chamados de breakthrough infections, existem em todos os imunizantes e a alta circulação do vírus aumenta a chance de infecção até em vacinados.

AVANÇO DE VARIANTES

Um estudo da Fiocruz mostra que a variante delta do coronavírus se espalha mais rapidamente do que a gama, que surgiu primeiramente em Manaus, nos primeiros meses de contaminação. De acordo com os dados, a proliferação da delta multiplicou sua fração por nove – de 2,3% para 21,5% - entre junho e julho, enquanto a gama dobrou sua atividade no mesmo espaço de tempo – de 11,5% para 23,6% – entre dezembro e janeiro. Já um projeto científico de vigilância por sequenciamento amostral do coronavírus no Brasil identificou o avanço de uma mutação da gama, chamada gama plus. A nova variante seria convergente com características da delta. O trabalho ainda é inicial.

SEM MÁSCARAS: QUANDO É SEGURO?

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que até o fim do ano todos os brasileiros estarão vacinados e, assim, poderão parar de usar as máscaras. Mas será seguro retirar o acessório neste momento? Para o infectologista Renato Kfouri, o parâmetro para suspender as chamadas medidas não farmacológicas, que inclui a máscara, não é o número de vacinados e sim a taxa de transmissão. "Existe a possibilidade de surgir uma nova variante que comece a reinfectar até mesmo os vacinados", alerta. Mesmo que o governo federal determine a suspensão do uso de máscaras, caberá aos estados e municípios decidirem sobre seus territórios.

GOLPES VIA APPS

A quarentena imposta pela pandemia impulsionou um tipo de estelionato virtual que atinge pessoas em busca de um relacionamento amoroso. Conhecido como "golpe Don Juan", o crime levou a Divisão de Crimes Financeiros da Interpol a emitir recentemente um alerta formal a 194 países, entre eles o Brasil. Carentes de festas e bares, os brasileiros solitários são alvos cada vez mais frequentes da artimanha. Nos EUA já existem dados sobre esse estelionato, que cresceu 50% no ano passado, causando, além do rastro de corações partidos, um rombo de 304 milhões de dólares na conta bancária de americanos em busca de um amor.

COVID NO LOLLAPALOOZA

Chicago reportou 203 casos de Covid-19 registrados no Lollapalooza realizado na cidade há duas semanas. Nenhum dos pacientes precisou de hospitalização ou morreu. Autoridades municipais minimizaram o impacto do evento nas taxas de infecção, uma vez que cerca de 385 mil pessoas compareceram aos quatro dias de shows. "Nenhum sinal de um evento superpropagador. Mas com centenas de milhares de pessoas comparecendo era de se esperar alguns casos", disse a médica Allison Arwady, do Departamento de Saúde Pública de Chicago. Todos os participantes tiveram que mostrar antes prova de vacinação ou teste negativo.


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