Em relação a junho, agosto registra queda de 80% em novos casos, 90% em internações e 68% em óbitos por covid. Porém, o risco de transmissão ainda continua alto. O caminho está certo, mas não chegamos no destino que é o controle da Covid-19.
Eduardo Kokubun - UNESP
Rio Claro registrou 2.750 casos novos de Covid-19 em junho, que diminiu para 1.102 em julho e 546 em agosto. É uma queda e tanto. O mesmo ocorreu com o número de pessoas que foram internadas e com os óbitos. Porém, desacelerar quando a velocidade do estrago ainda é alta não significa que estamos no porto seguro.
Há seis semanas, em 25/07, todos os quatro indicadores da Oranização Muncial da Saúde de risco da pandemia estavam em patamar alto, como mostra as colunas à esquerda do gráfico abaixo. Hospitalizações estavam 2,7 vezes acima do nível de baixo risco, de mortalidade 2,8, de inicidência que indica a quantidade de novos casos 6,0 vezes, e de positividade (a % de testes positivos entre todos os testes realizados) 9,9 vezes.
No primeiro dia de setembro, todos esses indicadores caíram: 0,2 para hospitalizações, 1,4 para mortalidade, 2,5 para incidência e 5,6 para positividade. Com isso, o risco de hospitalizações está baixo com cor verde, mortalidade moderado em laranja, mas incidência e positividade ainda permanecem altos e levam a cor vermelha.
A situação é como entra numa localidade que não conhecemos e queremos chegar a um destino. Podemos ficar perdidos, perambulando pelas ruas sem saber qual direção seguir: é a pandemia sem controle. Porém, quando descobrimos a rota e caminhamos pelas ruas que levarão ao destino, assumimos o controle. É essa a situação de Rio Claro hoje. Achamos o caminho e nos aproximamos do destino, mas ainda não estamos lá.
Cuidados ainda são necessários para não nos perdermos nessa jornada. Não podemos sabotar o avanço da vacinação, deixando de tomar as doses oferecidas. Negligenciar o distanciamento e uso de máscaras também poderão atrapalhar a jornada. E não esqueçamos da varante Delta que ronda nossa porta.
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