terça-feira, 29 de junho de 2021

Esporte aplaude a Ciência

Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN Unesp Rio Claro

No primeiro dia das partidas de tênis do torneio de Wimbledon de 2021, em Londres, a virologista Sarah Gilbert estava presente e foi aplaudida de pé quando anunciada (veja aqui). Ela liderou a equipe que desenvolveu a vacina Oxford-AstraZeneca e foi falado pelo locutor que a presença de todos ali era resultado do trabalho desses cientistas.

Na plateia, um público fiel, sem a obrigatoriedade do uso de máscara, já vacinado ou com teste PCR-RT para Covid-19 negativo. Mesmo assim, a capacidade do estádio foi reduzida para a metade.

O Esporte, assim, reconhece a Ciência e a homenageia.

Duas semanas antes aconteceu outro torneio importante de tênis, o de Roland Garros, em Paris. Apesar da proximidade geográfica, medidas sanitárias mais restritivas foram adotadas, com pequeno público permitido nas arquibancadas e a obrigatoriedade do uso de máscara por todos, seja audiência, sejam os que trabalharam no evento. O esporte tem buscado soluções para continuar suas atividades, ainda que as controvérsias sejam permanentes. O maior exemplo é o das Olimpíadas do mês que vem em Tóquio, com muitas incertezas e a falta de apoio da população local.

Em contraste, no Brasil alguns atletas e pessoas ligadas ao esporte fazem declarações contrárias às vacinas e opinando que apenas estão tomando o imunizante para poderem viajar e participar de eventos esportivos. Um enorme desserviço ao já atrasado Programa Nacional de Imunização, lembrando que a eficiência de uma vacina se dá pela imunização de parte substancial da população e não é uma ação de caráter exclusivamente pessoal. Além disso, devemos manter o uso de máscaras, adotar as medidas de distanciamento e restrição de circulação de pessoas e atentar para a higienização, especialmente das mãos.

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