terça-feira, 16 de março de 2021

Novo ministro, velhas condutas

Na tarde de 15 de março foi anunciado que o cardiologista Marcelo Queiroga será o novo Ministro da Saúde em substituição a Eduardo Pazuello. O quarto ministro seria uma resposta política à perda de popularidade do Presidente e às críticas na condução da pandemia do novo coronavírus. No entanto, até o fechamento desta edição, a nomeação de Queiroga não foi publicada no Diário Oficial da União.

Anteriormente, Queiroga havia se manifestado a favor do isolamento social, uso de máscaras e intensificação da vacinação como medidas eficazes para o combate à pandemia. Em declarações registradas na manhã desta terça-feira, 16 de março, seu posicionamento se alterou, dizendo ser contrário ao lockdown e permitindo que médicos prescrevam remédios mesmo sem eficácia (veja aqui).

Antes de Queiroga, outras pessoas foram sondadas para o cargo, integrando apostas políticas. A também médica cardiologista Ludhmila Hajjar foi uma delas, preterida por excesso de qualificativos. Ludhmila havia se posicionado claramente contra o negacionismo científico, deletério à condução da pandemia. Ela não parecia ser profissional que se submeteria aos ditames do governo, feito o general Pazuello que, ainda,  ocupa o cargo de ministro da Saúde. Também não se esperava que o Presidente desse uma guinada tão significativa, haja vista as duras manifestações de seus apoiadores raiz contrários a Hajjar. Mas, como tudo pode acontecer, até nada pode acontecer.

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