Eduardo Kokubun - UNESP
Na primeira onda do ano passado o número de novos casos aumentou vertiginosamente, com os números batendo recordes dia após dia. Com medidas de restrições, os números começaram a despencar, e entre setembro a novembro, estabilizaram a menos de 8 casos por dia. Foram dois meses de aumento, seguidos por outros dois meses de redução.
A segunda onda se iniciou em novembro e completou sete meses de crescimento, lento e gradual. Essa tendência, representada em linhas vermelhas no gráfico, está acrescentando um pouco mais de 200 novos casos de covid-19 por mês. Esses aumentos de casos vem acrescentando o número de leitos ocupados em nossos hospitais.
Desde novembro, sobrepostos a essa tendência contínuo de crescimento, houve dois episódios abruptos de aumento. Eles ocorrem devido ao relaxamento de medidas de restrição e ocorrência de aglomeração desencadeados sobretudo nos feriados prolongados. Na primeira onda do ano passado, esses feriados eram caracterizados pela redução no número de casos, sem apresentar repique de casos no retorno. Isso é uma demonstração de que o comportamento das pessoas mudou nos dois momentos da pandemia. É uma mudança dramática que não deixa Rio Claro repetir o desempenho de setembro e outubro, quando quase erradicamos o vírus na cidade.
O descuido é tamanho que a pandemia cresce mesmo com a vacinação avançando. Basta lembrar que já temos 4 vezes mais pessoas vacinadas com pelo menos a primeira dose do que infectados pelo vírus. As pessoas circulando sem cuidados está circulando com o vírus.
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