segunda-feira, 15 de março de 2021

Dia de tirar o fôlego.

 Durante todo mês de julho de 2020, no pior momento da pandemia, Rio Claro registrou 42 mortes. Março já acumula 34 mortes, incluindo um recém-nascido. Sem interromper o contágio, necessidade de leitos poderá chegar a 200.

            Eduardo Kokubun, UNESP

    Este mês de março já coleciona vários recordes da pandemia no município. No dia 03/03 foi atingido o pico de 132 leitos ocupados no município ante os 94 registrados na primeira onda em 18/06/2020. Em 15/03, a nova marca de 141 internados chegou com outro recorde de 76 pessoas internadas em UTI.

    Marcou o dia também o óbito de um recém-nascido de apenas 4 dias. Houve um total de 6 óbitos num único dia, igualando o anterior em 25/06/2020.

     Decorridos 7 dias do início da fase vermelha, e o primeiro da fase emergencial no Estado, não há ainda indícios de que Rio Claro tenha freado a corrente de transmissão do vírus. Pelo contrário, o número médio de casos aumentou de 55 para 75 por dia em uma semana. Isso deve impactar ainda no número de internações e óbitos nas próximas semanas.  

    No gráfico, temos a representação do número de leitos ocupados em Rio Claro desde novembro do ano passado. Há 3 semanas ela vem acompanhando a tendência das linhas pontilhadas. Se não houver nenhuma mudança na pandemia, é possível que em dez dias, Rio Claro necessite de 200 leitos para acomodar os enfermos com Covid-19 e as síndromes gripais mais graves. Hoje, temos 155 disponíveis.


    Os números da pandemia nesta segunda onda estão superiores ao da primeira onda, e por enquanto, com a curva ainda ascensão. É necessário interrompê-la e flexioná-la para baixo. Isso é urgente, porque quanto mais a curva subir, mais tempo será necessário para fazê-la retornar a níveis aceitáveis. Quanto mais prolongada a gravidade da pandemia, maior será a perda de vidas e de renda. 

    Para completar passamos ontem e hoje aguardando o desfecho da troca do Ministro da Saúde. Foi um dia de tirar o fôlego.





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