No Estado de São Paulo, somente 25% da população recorre a máscaras. Se esse uso fosse adotado por 80%, casos poderiam ser reduzidos em 72% no final de julho.
Eduardo Kokubun - Unesp/Rio Claro
A onda da variante Ômicron provocou 5.674 casos em janeiro e 1.584 em fevereiro em Rio Claro. Em abril, foram apenas 55 casos, a menor incidência desde abril de 2020, no início da pandemia. A queda no número de casos levou ao relaxamento de quase todas as medidas de restrição, inclusive a obrigatoriedade no uso de máscara. Desde então, apenas 25% da população do Estado de São Paulo utiliza máscara.
O abandono das máscaras se sobrepôs à chegada do frio e a predominância da subvariante BA.2 mais transmissível do que a BA.1 que dominou em janeiro. Rio Claro fechou o mês de maio com um total de 604 novos casos, um aumento estonteante de 998%. As vacinas evitaram maior gravidade da pandemia: novas internações aumentaram 500%, menos do que o de novos, e nenhuma morte por covid-19 foi registrada. Rio Claro não está sozinha. Outros municípios vizinhos, do Estado e do país registraram aumento de casos, hospitalizações e óbitos.